A morte que alimenta a fome: uma análise da trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Karoline Soares de lattes
Orientador(a): Oliveira, Marcos Vinícius Ferreira de lattes
Banca de defesa: Silva, Anderson Pires da lattes, Martoni, Alex lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00298
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13645
Resumo: A presente dissertação busca analisar a trilogia Jogos Vorazes (2010), Em Chamas (2011a) e A Esperança (2011b), da escritora americana Suzanne Collins, explorando os aspectos de crítica social presentes nas obras. Como se tratam de produções distópicas, procura-se, em igual medida, sondar o quanto essa tipologia ficcional está próxima de representar alguns dos dilemas enfrentados pelos organismos sociais já nesse século XXI. Para iniciar esse estudo regressa-se aos conceitos base de utopia e distopia, necessários para compreender a linha de pensamento estudada, dispondo como apoio teórico Chauí (2008), Jacoby (2001) e Claeys (2017). A partir de uma leitura analítica das obras, procura-se compreender de que modo a autora constrói uma série de críticas relacionadas às formas de dominação e controle do tecido social, a questão do entretenimento como forma de distração da população, a perda da sensibilidade diante da morte, principalmente de crianças e jovens, e o uso da fome como uma arma contra a população. O alicerce teórico utilizado para isso envolve autores como Foucault (2014), Debord (2003) e Bauman e Donskis (2014). Por fim, são traçadas desde as ideias que motivaram Collins a escrever suas obras, passando pelo impacto social delas, até a questão do que ocasionou a grande produção distópica no século XXI, a qual se justifica pela identificação dos leitores com os cenários propostos por essas narrativas, pois ao se depararem com suas realidades, repletas de elementos já distópicos, veem falta de esperança e temem o futuro.