Estudo do polimorfismo genético da óxido nítrico sintetase endotelial em pacientes portadores de hipertensão arterial com e sem síndrome metabólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Penedo, Tamara Rampanelli [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71266
Resumo: Introdução: A obesidade visceral, componente central da Síndrome Metabólica (SM), representa a base fisiopatológica que justifica a epidêmica ocorrência de doença cardiovascular (DCV) observada nessa condição e é concebida como um estado inflamatório. O polimorfismo 4b/a do gene da Óxido Nítrico Sintetase endotelial (eNOS) tem sido alvo de extensa pesquisa, evidenciando sua associação com a redução da produção de óxido nítrico (NO) e o desenvolvimento de disfunção endotelial (DE). Nesse contexto, a microalbuminúria e a dimetil arginina assimétrica (ADMA) assumem papel relevante como marcadores de inflamação e DE, constituindo fatores de risco para condições como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e Doença Renal Crônica (DRC). Dentro desse conceito, a partir de uma plataforma assistencial desenvolvida no Centro de Hipertensão e Metabologia Cardiovascular da Fundação Oswaldo Ramos – Universidade Federal de São Paulo, o objetivo deste estudo foi identificar a prevalência do polimorfismo 4b/a do gene 27pb no íntron 4 do gene da eNOS em indivíduos portadores de HAS estratificados em função da presença da SM. Materiais e métodos: Em estudo prospectivo foram incluídos 208 pacientes hipertensos, submetidos à análise do Polimorfismo da eNOS (4a/b). Foram analisadas a presença da SM e seus componentes, além de associações entre o polimorfismo e DE, definidas pelas medianas de ADMA e microalbuminúria. Resultados: A população da coorte foi predominantemente feminina, na sua maioria de etnia branca, com idade média de 59,7 anos, sendo todos portadores de hipertensão essencial. Destes pacientes 59,7% apresentavam SM e mais de 90% eram portadores do alelo b. Nos pacientes com SM no início do seguimento observamos que o High Density Lipoproteins (HDL) foi inferior nos pacientes sem DE comparado com os portadores da DE; já a albuminúria e o Proteína C – reativa (PCR) foram superiores nos pacientes sem DE em relação aos portadores da DE. Ao final do seguimento observamos que os níveis de HDL foram menores nos pacientes com DE em comparação aos sem DE e a albuminúria foi maior nos pacientes sem DE quando comparada aos pacientes com DE. Na análise que considerou os pacientes portadores do alelo A verificamos um incremento significativo apenas na visita final do seguimento na pressão arterial diastólica (PAD) nos pacientes sem DE; o Very Low Density Lipoprotein (VLDL) e a albuminúria foi maior nos pacientes com DE em comparação aos sem DE. Na visita inicial, os indivíduos portadores do alelo B apresentaram os níveis de VLDL, triglicerídeos (TG) e o PCR foram elevados nos pacientes com DE em comparação com pacientes sem DE. Na visita final os níveis de HDL foram mais baixos nos pacientes com DE e os níveis de VLDL, o TG, a cintura abdominal e a albuminúria foram mais altos nos pacientes com DE. A análise por regressão logística binária demonstrou que a presença de alelo A associou-se de maneira independente à ocorrência de DE nos pacientes com SM e tal associação não foi encontrada nos pacientes sem SM. Conclusão: Em uma coorte de pacientes portadores de Hipertensão arterial e SM, a presença do alelo A do polimorfismo 4 a/b da eNOS associou-se à ocorrência de DE ao final do seguimento.