Papel do óxido nítrico (NO) na resistência à morte celular por perda de adesão (anoikis) em células endoteliais em cultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mesquita, Ana Paula de Sousa [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2467098
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46231
Resumo: O desenvolvimento, a diferenciação e a homeostase de células aderentes são controlados por interações célula-célula, célula-matriz extracelular (MEC) e célula-fatores solúveis. A perda destes contatos induz a um tipo específico de apoptose, o anoikis. Células tumorais adquirem a capacidade de resistir ao anoikis, sobreviver após a perda de ancoragem e viajar através do sistema vascular, podendo colonizar órgãos distantes. Este processo é denominado de metástase. Várias moléculas podem atuar neste processo, com destaque para o óxido nítrico (NO). Buscando entender o papel do NO no processo de anoikis e nos processos de transformação celular, células endoteliais selvagens (EC), transfectadas com o oncogene EJ-ras (EJ-ras EC) e resistentes ao anoikis (Adh-EC) foram estudadas em relação a: expressão da enzima eNOS, produção de óxido nítrico e a interferência deste em características celulares como proliferação, capacidade adesiva e invasiva e expressão de proteínas das vias de sobrevivência e proliferação PI3K/Akt/mTOR e Ras/Erk. Células endoteliais resistentes ao anoikis (Adh1-EC e Adh2-EC) apresentaram características similares às células tumorigênicas (EJ-ras EC): maior produção de óxido nítrico, maior expressão da enzima eNOS, menor taxa de apoptose, maior capacidade invasiva, menor capacidade adesiva e super expressão de proteínas das vias PI3K/Akt/mTOR e Ras/Erk. Após a inibição da produção de NO, pelo uso de um análogo de arginina (L-NAME), foi possível observar um aumento na capacidade invasiva e uma diminuição da capacidade adesiva, isso foi acompanhado por um aumento na expressão de metaloproteinase 2 (MMP-2). A proliferação celular não foi alterada em nenhuma das linhagens e a taxa de apoptose também não sofreu alteração, exceto para EC. H-Ras e PI3K não tiveram sua expressão alterada. No entanto, os níveis de Fosfo-Akt (Thr308), Fosfo-mTOR (Ser 2448) e Fosfo-Erk 1/2 (Thr202/Tyr204, Thr185/Tyr187) aumentaram significativamente. Os resultados mostram que o NO é capaz de regular a capacidade invasiva e adesiva destas células pela regulação da expressão de MMPs. Acreditamos que a produção de NO está mais elevada em células endoteliais resistentes ao anoikis, não só pela maior expressão gênica e protéica de eNOS, mas também por alterações na ix expressão de proteínas intimamente relacionadas ao processo de fosforilação desta enzima.