O efeito agudo do exercício físico na concentração plasmática de óxido nítrico e no valor da pressão arterial em idosos com diferentes níveis de condicionamento físico: a influência dos polimorfismos do gene da sintase do óxido nítrico endotelial.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Reia, Thaís Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191340
Resumo: Concomitantemente ao crescente número de idosos tem se observado o aumento de problemas de saúde, entre os quais, a hipertensão arterial (HA) se destaca como doença de maior prevalência na população idosa. Considerando que a variação genética tem alta influência sobre o desenvolvimento da HA, pesquisas vem sendo desenvolvidas com o objetivo de identificar os genes que participam de sua etiologia. Partindo desse pressuposto, alguns polimorfismos são estudados, dentre eles, os polimorfismos do gene da Sintase do Óxido Nítrico Endotelial (eNOS). Embora a maioria dos estudos demonstre os benefícios decorrentes da prática regular de exercícios físicos para contrapor os efeitos deletérios dos polimorfismos do gene da eNOS, bem como a produção de Óxido Nítrico (NO) e controle da pressão arterial (PA), ainda é pouco esclarecido o efeito agudo do exercício físico sobre tais variáveis. Desse modo, o objetivo deste estudo foi analisar o efeito agudo do exercício físico na concentração de NO e nos valores de PA em idosos com diferentes níveis de condicionamento físico (CF) e, também, verificar se os polimorfismos do gene da eNOS exercem influência sobre essas respostas. Após passarem pelos critérios de elegibilidade, 145 idosos de ambos os sexos, com idade entre 60 a 80 anos foram submetidos a avaliações hemodinâmicas, antropométricas, bioquímicas, genéticas e físicas. O protocolo de intervenção foi composto por uma caminhada de 40 min (40-60% VO2máx previamente determinado) realizada em esteira ergométrica, com coletas sanguíneas nos momentos pré e pós-teste, com o objetivo de mensurar a concentração plasmática de nitrito (NO2-), biomarcadores de estresse oxidativo (TBARS) e medidas de PA nos momentos pré e pós-teste. Foi realizada ANOVA de duas vias para medidas repetidas com pós-teste de SIDAK para detectar diferença (p<0,05) entre os grupos (G1- condicionamento físico bom; G2- condicionamento físico fraco) e os momentos (pré e pós-caminhada). Posteriormente, foi feita análise de regressão linear multivariada para verificar a influência dos polimorfismos do gene da eNOS sobre as respostas de NO2- e PA. Não houve diferença significativa para os valores de NO2- e PAD em nenhum momento para ambos os grupos. Já para os valores de TBARS, o G2 apresentou um aumento significativo pós-exercício físico (p=0,008). Houve um aumento significativo na PAS pós-exercício físico para os dois grupos (p<0,001). O G2 apresentou maior valor de PAS no momento pós-exercício físico (p=0,038). Os polimorfismos 894G>T e o intron 4 b/a não apresentaram influência sobre as respostas de NO2-, TBARS e PA, entretanto, o polimorfismo -786T>C apresentou influência significativa apenas para PA. O genótipo homozigoto (TT) apresentou associação inversa sobre os valores de PAS e PAD, enquanto o heterozigoto (TC) apresentou associação positiva para PAD. Maior nível de CF também apresentou influência para menor valor de PA. Destaca-se a importância de se adotar um estilo de vida ativo, visto que os idosos com bons níveis de CF tiveram menores valores de PA e estresse oxidativo imediatamente após a sessão de exercício físico, concluindo que a manutenção de bons níveis de CF pode ter um efeito protetor para riscos cardiovasculares.