Diferença mínima clinicamente significante para o teste de endurance realizado em esteira em pacientes com DPOC após Programa de Reabilitação Pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Manzano, Beatriz Martins [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=973007
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48369
Resumo: Introdução: A capacidade de exercício é um importante desfecho a ser avaliado em pacientes com DPOC. Para isso são utilizados testes de exercício, dentre os quais o teste de endurance em esteira. No entanto, não está claro qual o mínimo de mudança para esse teste que permita ao paciente reconhecer uma real mudança no seu estado funcional, que é a diferença mínima clinicamente significante (DMCS). Levando-se em consideração que o teste em esteira é mais representativo das atividades diárias, é necessário avaliar a resposta da capacidade de exercício a um programa de treinamento através da determinação da DMCS para o teste de endurance em esteira, baseada em uma avaliação do paciente que contemple tanto as melhoras físicas quanto na qualidade de vida. Objetivos: Determinar a DMCS para o teste de endurance realizado em esteira ergométrica em pacientes com DPOC submetidos a um programa de reabilitação pulmonar. Materiais e método: Foram coletados dados antropométricos, valores espirométricos, dados dos testes de endurance, teste incremental, TC6’ e qualidade de vida por meio do SGRQ de pacientes do Centro de Reabilitação Pulmonar da Universidade Federal de São Paulo pré e pós-programa de reabilitação pulmonar. Foi utilizada uma variável âncora obtida através de avaliação de cinco especialistas na área de reabilitação pulmonar, que classificaram os pacientes em dois grupos, “melhorou” ou “não melhorou” após analisarem os resultados dos testes incrementais, endurance, TC6’ e qualidade de vida pré e pós-reabilitação. Essa classificação “melhorou” ou “não melhorou” foi a variável âncora utilizada para estabelecer a DMCS para o teste de endurance. Análise estatística: Dados foram apresentados em valores de média ± desvio-padrão para variáveis contínuas e número absoluto (porcentagem) para variáveis categóricas. Teste t pareado para comparação entre variáveis pré e pós-reabilitação pulmonar. Teste t independente para comparação entre os grupos “melhorou” e “não melhorou”. Utilizou-se a curva ROC para cálculo da sensibilidade e especificidade e para identificar o ponto de corte que estabeleceu a DMCS. Resultados: Dados de 99 pacientes foram analisados. Média de idade de 67 ± 9,5 anos, sexo masculino, DPOC leve 4 (4,2%), moderado 23 (24%), grave 46 (47,9%) e muito grave 23 (24%). Entre os grupos “melhorou” e “não melhorou” houve diferença estatisticamente significante para o TE (997,4 m versus 100,8 m; p<0,001). A DMCS estabelecida para distância do TE em valores absolutos foi de 280 metros ou 37% do valor basal, enquanto que o tempo de teste foi 292 segundos ou 36%. Os valores percentuais mostraram-se mais sensíveis do que os valores absolutos (sensibilidade 0,84 vs 0,81 e 0,85 vs 0,74, respectivamente). Conclusões: A DMCS para o teste de endurance em esteira é de 280 metros ou 292 segundos, que correspondem à mudanças de 37% e 36% em relação ao valor basal, respectivamente, sendo os valores percentuais mais sensíveis do que os valores absolutos.