Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Goelzer, Leandro Steinhorst |
Orientador(a): |
Müller, Paulo de Tarso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2724
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Resumo: |
A intolerância ao exercício físico em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é complexa e multifatorial. Nesse âmbito, surge a utilização do suporte ventilatório não invasivo (SVNI) como um auxílio para melhorar a endurance em portadores de DPOC. Esse benefício para um dado nível de trabalho externo pode atrasar o desenvolvimento da hiperinsuflação pulmonar dinâmica (HD), que assume um papel primordial desfavorável notadamente nos estágios mais avançados da doença. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos do uso de um sistema BiPAP (Bilevel Positive Airway Pressure) com níveis de pressão “invertidos” (BiPAP “invertido” - BIPAPi), em comparação ao EPAP (Expiratory Positive Airway Pressure) sobre a tolerância ao exercício (Tlim) em esteira rolante, na DPOC com HD. Um total de 16 pacientes de ambos os sexos (12 homens) com DPOC (GOLD II a IV) e estáveis, aptos a demonstrar HD no exercício com ΔCI(pico-repouso)>150mL, sem coronariopatia aguda ou arritmia conhecida, sem uso de oxigênio suplementar contínuo ou SpO2<90% em repouso, foram submetidos a testes de função pulmonar, ecodopplercardiografia transtorácica, teste de exercício cardiopulmonar (TECP) incremental e três testes em velocidade constante e alta intensidade em esteira, com sequência aleatória, sendo um sem intervenção (controle), outro com máscara facial de EPAP (spring-load) e uma válvula unidirecional, com uma resistência expiratória entre 5-10 (~7,5) cmH2O, e um dispositivo denominado BiPAPi (IPAP: 4cmH2O e EPAP: 5-10 (~7,5) cmH2O). Houve tempo mínimo de 24 h entre os testes. Utilizou-se o programa Sigma Plot 12.0. Os resultados foram expressos como média e desvio padrão (DP). Foi utilizado o teste de Shapiro-Wilks para verificação de normalidade e distribuição. As variáveis não normais foram log-transformadas. A análise de variância de um fator (1-ANOVA) foi utilizada na comparação entre os dois dispositivos em relação ao controle nos TECP em velocidade constante e significância ajustada para α=5%. Doze homens (75%) e 4 mulheres (25%), com idade média de 64,5 ± 7,3 anos. Houve redução na distância caminhada e no Tlim com o uso da EPAP em relação ao BiPAPi e ao controle (p=0,001). Na análise isotime (200s) dos dois dispositivos em relação ao controle, observou-se uma redução do volume corrente (VC) para o modo EPAP comparado ao BiPAPi e ao controle (p=0,018). Houve redução no pulso de oxigênio da EPAP em relação ao controle (p=0,046). Os resultados encontrados indicaram que a proposta de VNI com IPAP menor que EPAP em reduzir a resistência inspiratória e de evitar o colapso alveolar não trouxe vantagem em aumentar o Tlim em esteira rolante comparada ao controle, e a EPAP isoladamente, com pressões entre 5-10 (~7,5) cmH2O, mostrou-se deletéria. |