Efeitos aditivos da ventilação não invasiva ao treinamento muscular respiratório sobre a tolerância ao exercício na DPOC: ensaio clínico cego, randomizado e controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Koch, Rodrigo
Orientador(a): Müller, Paulo de Tarso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2718
Resumo: A baixa tolerância ao exercício em pacientes DPOC, fator causador da diminuição da qualidade de vida devido ao descondicionamento físico, parece ser o resultado da interação entre a sobrecarga do sistema respiratório e a fraqueza muscular respiratória, associados à diminuição da força muscular periférica. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos aditivos da ventilação não invasiva ao treinamento muscular inspiratório sobre a tolerância ao exercício em pacientes DPOC. Participaram do estudo 9 pacientes com DPOC, 6 do sexo masculino, os quais foram submetidos a avaliação da função pulmonar, teste de exercício cardiopulmonar incremental em cicloergômetro e teste de carga constante associado a utilização de ventilação não invasiva nas modalidades CPAP e PAV antes e após um programa de treinamento muscular inspiratório de alta intensidade além de avaliação da qualidade de vida. Foi observado um aumento com diferença estatisticamente significativa na força muscular inspiratória e expiratória (p<0,0001) e no tempo de tolerância ao exercício associado à ventilação não invasiva nos modos CPAP e PAV (p=0,02). A associação da ventilação não invasiva com o treinamento muscular inspiratório apresentou resultados benéficos com melhora da tolerância ao exercício para todos os pacientes, com valor clinicamente relevante na modalidade PAV (TLim=210s), que é o dobro da diferença mínima clinicamente importante. Assim como, a utilização dessa mesma modalidade ventilatória diminui a queda da saturação de oxigênio dos pacientes no exercício. Os achados desse estudo mostram que a associação entre ventilação não invasiva, especialmente o modo PAV, e o treinamento muscular respiratório promovem efeitos benéficos sobre a tolerância ao exercício, oxigenação tecidual, percepção de esforço dos membros inferiores e sensação de dispneia durante o exercício.