Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Matias, Thiago Tozawa [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67302
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Resumo: |
As condições de produção das artes visuais emergentes entre as décadas de 1960 e 1970 provocaram mudanças significativas no estatuto da arte, subvertendo os conceitos tradicionais da estética, ampliaram-se as possibilidades críticas e criativas da arte. As tradicionais estruturas de poder, fatores ideológicos, econômicos e culturais que alicerçavam os consuetudinários templos da arte foram tencionadas a se repensarem (função) e se reconfigurarem (estrutura) enquanto instituições. As atuações de dois curadores são fundamentais para compreendermos as condições históricas que permitiram a abertura das exposições à produção contemporânea: Harald Szeemann, no já conceituado Kunsthalle Bern, na Suíça; Walter Zanini no recém-criado Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), no Brasil. Apesar de trajetórias, pensamentos e atuações distintas, os procedimentos e estratégias adotados em suas experimentações marcaram significativamente mudanças epistemológicas e metodológicas quanto à prática expositiva. No contexto europeu, inicia-se a noção de “curador independente”, que buscava formas críticas aos modos institucionalizados de produção do conhecimento; no Brasil, todavia, intentava-se ainda criar e consolidar espaços na esfera pública que permitissem a reflexão e o fazer artístico. Trata-se de uma pesquisa hipotético-dedutiva realizada através de análise qualitativa, o principal instrumento de coleta de dados foi a revisão bibliográfica e o estudo comparativo. As exposições de arte foram examinadas através do conceito operativo de dispositivo como forma de apreensão e análise das dinâmicas das relações expositivas da arte, operando de modo a emergirem questões nem sempre colocadas em relação à curadoria e às exposições. Como resultado, verificou-se que as atuações de Szeemann e Zanini contribuíram para importantes transformações nas exposições de arte e para a ascensão do curador, deslocando-o de suas antigas atribuições nos bastidores do museu e o posicionando no centro gravitacional das exposições. Destarte, inicia-se o processo de autoria das exposições, posteriormente, consolidada como um paradigma para a curadoria em arte contemporânea, atribuindo novos papéis a antigos atores. O curador, até então anônimo para grande parte do público, torna-se o novo protagonista das exposições, agente que passa a ganhar cada vez mais visibilidade e notoriedade no campo. As conclusões apresentadas, de um lado, contribuem para reposicionar a proeminência de W. Zanini frente a nomes já apregoados pela historiografia; de outro, amplia os estudos sobre exposições e curadoria em uma perspectiva crítica que compreende este acontecimento mediado por uma rede complexa de agentes (artista(s), curador(es), investidor(es), colecionador(es), instituição(es), mídia(s), público, etc) com os mais diversos interesses – políticos, econômicos, sociais, culturais e pessoais. |