Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Simone Carvalho de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63984
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Resumo: |
O presente estudo foi realizado em uma unidade de Educação Infantil do município de Santos, tendo como objetivo geral, por meio do diálogo entre as Ciências Sociais, particularmente a Antropologia e a Saúde, investigar as formas de comunicação das crianças a partir dos aspectos socioculturais envolvidos. Buscou-se problematizar as interações das crianças, entre elas e com as adultas, e observá-las enquanto sujeitos sociais completos e em transformação. A pesquisa teve como base o método etnográfico, utilizando a técnica da observação participante, para compreender as crianças e a linguagem em um contexto sociocultural específico. Os resultados obtidos mostraram que as crianças se expressam o tempo todo na rotina da creche. Elas parecem brincar de se comunicar e é por meio dessa liberdade de manipular a comunicação que elas adquirem, elaboram, mas também produzem e expressam a cultura. As crianças transgridem as regras o tempo todo, dialogam com as adultas e seus pares por meio da linguagem padrão compartilhada, mas também parecem vivenciar a comunicação de maneira diferente, nem sempre compreendida ou considerada adequada pelas adultas. Elas operam gestos, sons, olhares, palavras, gritos, melodias, movimentos, isolados e combinados. Muitas dessas formas são consideradas inadequadas e, portanto, inibidas pelas adultas no seu papel de educadora. Outras formas de comunicação podem não ser reconhecidas pelas adultas por imprimir um caráter diferente do repertório cultural estabelecido. Porém, o que pode ser visto como uma maneira simplificada de se comunicar, na verdade, parece representar a dificuldade das adultas em reconhecer nas várias formas de comunicação das crianças o caráter dinâmico da cultura e o papel ativo que elas desempenham nesse processo de transformação criativa. |