Tecendo sentidos: a educação infantil na perspectiva das crianças, famílias e educadores(as)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Araujo, Elisangela Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-06052015-161201/
Resumo: Primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil tem ocupado debates no cenário nacional em discussões que a apresentam como um direito humano e social da criança e das famílias. Com o intuito de compreender como as crianças, suas famílias e educadores(as) atribuem sentidos à educação infantil, realizei uma pesquisa cartográfica na qual, revisitando minhas experiências como diretora de uma instituição municipal de Educação Infantil, apresento em registros de diário de bordo as observações dessa trajetória através das vivências e convivências com as crianças, seus familiares e educadores(as). Na análise da documentação institucional e pedagógica e através das entrevistas realizadas, alinhavo paisagens tecidas sob os sentidos da Educação Infantil, dialogo com a história e as políticas públicas, voltadas à educação dos infantis, com as vivências e experiências constituídas no convívio e conflitos das crianças e adultos, como também com as práticas pedagógicas que desenham as relações cotidianas na instituição de educação infantil. Nesse tear emaranhado de sentidos, eu problematizei as produções sobre a instituição educativa. Igualmente eu teci paisagens que se apresentam sob as diferentes produções da infância, do ser criança e da instituição de Educação Infantil em tempos históricos. Tal qual uma cartógrafa-tecelã, fui entretecendo minha experiência de educadora com outros saberes e dizeres sobre a Educação Infantil, sejam esses dos(as) educadores(as), das famílias, e, em específico, das crianças matriculadas na instituição em que foi realizada a presente pesquisa. Esse estudo também dialoga com o referencial teórico pós- estruturalista, principalmente com as contribuições do filósofo francês Michel Foucault, Larrosa, Bujes, Corazza, dentre outros. Nesse trajeto rizomático foi possível compreender que muitos são os sentidos que emergem da instituição educativa. Foi possível também compor paisagens em que o passado e o presente se entrecruzam. As nuances apresentadas nos dizem que, se muito foi feito e conquistado, muito ainda há de se fazer para alcançarmos uma Educação Infantil que integre a necessidade da escuta das crianças, das famílias e das(os) educadoras(es). As conclusões apontam que não há um único caminho a percorrer. Há vários, cujos sentidos apontam para o repensar a formação docente, bem como para a inclusão das vozes das crianças na construção do currículo educacional. O olhar atento às técnicas de controle e docilização dos corpos foram aspectos relevantes na configuração de nossa trama de desafios.