Escrevivências de mulheres negras: manifestando possibilidades de produções acadêmicas autônomas aos referenciais da ciência hegemônica
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10120995 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61693 |
Resumo: | Neste trabalho apresento reflexões sobre a presença de mulheres negras no Programa de Pós Graduação em Serviço Social e Políticas Sociais (PPGSSPS) da Universidade Federal de São Paulo - BS. Através de minha narrativa e de narrativas de cinco mulheres negras da primeira e segunda turmas do programa, é possível apreender os caminhos percorridos desde o primeiro estudo, ensino médio, graduação, até o momento de acessarmos o mestrado. Uma vez na pós-graduação destacam-se os desafios para o acesso e permanência neste espaço. Compreendo que a nossa presença na pós-graduação é impactada pelo racismo e sexismo, que juntos erigiram como modelo de intelectualidade, o homem branco, heteronormativo e CIS, além de estabelecerem a academia como o único espaço de legitimação de conhecimento, recusando a produção de saberes localizados nas vivências de mulheres negras. Destaco o movimento de mulheres negras e o movimento negro como protagonistas na luta histórica que vem denunciando a exclusão da/o negra/o na educação, e que em um compromisso político-epistemológico, também denuncia a colonização do conhecimento. O contato com o feminismo negro, com a produção de intelectuais negras, e com as problematizações que vêm ocorrendo acerca deste modelo de universidade, faz emergir novas possibilidades; e pensar sobre o acesso à este espaço, sobretudo traz à tona a compreensão de que a nossa presença causa rupturas e apresenta outras epistemologias possíveis, outras formas válidas de produzir conhecimento. |