Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ana Paula Freitas dos |
Orientador(a): |
Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/225930
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Resumo: |
O tema que norteia essa investigação diz respeito à consideração dos modos como se manifesta o lugar de fala em dois livros da escritora Conceição Evaristo. Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2016) e Olhos d’água (2016). Insubmissas lágrimas de mulheres é um livro de contos onde diversas mulheres negras conduzem a vida por maternidade, casamento e família, mas também pela resistência em suas lutas particulares contra o machismo e o racismo. Já em Olhos d’água, a maternidade e o elemento água estão presentes em quase todas as narrativas, seja em lágrimas ou no sangue menstrual que une todas as mulheres como um fio da vida. A vida e a morte são alegorias constantes nas narrativas da periferia brasileira; nelas, a fome, a violência e o crime colocam os personagens na “corda bamba da vida”. Pretende-se com essa pesquisa avançar na discussão do que seja uma Literatura Afro-Brasileira, como consta no Parecer da lei 10.639/03 sobre a obrigatoriedade do ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira, e do que seja Literatura Negra, definida pelo grupo de escritores dos Cadernos Negros, do qual Evaristo faz parte junto com as escritoras Miriam Alves e Esmeralda Ribeiro. Essa investigação será conduzida através de leitura bibliográfica. Serão levantados e apontados conceitos provenientes da teoria literária, assim como de estudos de raça, gênero e pós-coloniais. A reeducação das relações étnico-raciais é positiva para todos. Num país multirracial como o Brasil, o combate ao racismo depende muito do engajamento dos negros e dos não negros nessa luta. Isso exige o conhecimento do que foi a construção do racismo como uma ideologia determinista que justificou a escravização, e, por oposição, o reconhecimento de que é preciso a desconstrução dessa perversidade de pensamento para alcançar uma nova sociedade, mais justa e igualitária. A obra de Evaristo é uma janela que vislumbra esse cenário. |