Influência do diabetes mellitus nos efeitos da poluição atmosférica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pereira Filho, Manoel Amador [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23820
Resumo: Introdução: O diabetes tipo 2 aumenta o risco de mortalidade cardiovascular e os indivíduos diabéticos, mesmo sem ter antecedentes coronarianos, tem um risco para doenças coronarianas fatais similar aos indivíduos não diabéticos que sobreviveram a um infarto do miocárdio. Foram acumuladas evidências de que a poluição atmosférica por material particulado está associada a aumento da morbidade e mortalidade por causas cardiopulmonares. Estudos epidemiológicos observaram a associação entre a exposição ao material particulado e aspectos específicos da doença cardiovascular como a redução da variabilidade da freqüência cardíaca, o aumento da viscosidade sanguínea e o aumento dos níveis de marcadores inflamatórios. Este estudo foi realizado com o intuito de avaliar o efeito modificador da poluição atmosférica sobre as doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes. Métodos: Utilizando um estudo de série temporal, adotamos modelos de regressão linear de Poisson para calcular os efeitos de PM10, CO, NO2, SO2 e O3 sobre os atendimentos de pronto-socorro por doenças cardiovasculares em diabéticos e não diabéticos no período de 2001 a 2004, controlando as sazonalidades de curta e longa duração e as variáveis metereológicas usando um atenuador semi-paramétrico (spineline). Resultados: Um aumento interquartil na média móvel de dois dias para SO2, equivalente a 8.0 µg/m3 , estava associado a aumentos de atendimentos de pronto-socorro da ordem de 7.0% e 20.0% para não diabéticos e diabéticos respectivamente. Conclusão: este estudo demonstrou que a poluição atmosférica tem um importante efeito sobre a morbidade cardiovascular, sobretudo num grupo de risco cardiovascular como os diabéticos, reforçando a necessidade de serem realizados estudos adicionais para confirmar estes achados.