Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Thalma Ariani [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71424
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Resumo: |
Introdução: A dependência ao etanol é um transtorno que afeta o mundo, podendo atingir pessoas de ambos os sexos, diferentes idades e condições socioeconômicas. Seu uso abusivo leva a sérios efeitos deletérios sobre os diversos sistemas orgânicos e seu uso por gestantes pode provocar no feto problemas no desenvolvimento, metabolismo, além do risco da síndrome alcoólica fetal (SAF). A prevalência da SAF completa é em torno de 1-2 em cada 1000 nascimentos, e ocorre quando a gestante utiliza grande quantidade de etanol. No entanto, ainda não se sabe se existe uma dose segura de etanol que pode ser consumida durante a gestação e quais as consequências do uso de baixas doses no desenvolvimento. Além dos problemas na gestação, temos a fase de lactação, extremamente importante para os recém-nascidos, pois além de suas funções nutricionais e imunoprotetoras, também impacta o desenvolvimento adequado do sistema nervoso central. O etanol, consumido pela mãe durante a lactação passa para o recém-nascido, entretanto, poucos são os relatos das consequências de seu uso durante esse período. Os existentes são poucos, tanto para os efeitos sobre o recém-nascido, mas principalmente quando se trata de avaliar as consequências em períodos posteriores ao nascimento. Objetivos: Analisar as consequências do consumo de baixas e altas concentrações de etanol pelas mães durante a gestação e lactação sobre a prole de ratos. Para isto analisamos parâmetros nutricionais da mãe e filhotes, o comportamento maternal, desenvolvimento físico e neurocomportamental da prole e a susceptibilidade a transtornos psiquiátricos na idade adulta por meio de testes comportamentais. As ratas foram divididas em quatro grupo: Etanol (2% ou 12%), Controle Manipulado (filhotes submetidos aos testes) e Controle Não Manipulado (filhotes foram submetidos apenas aos testes da idade adulta). Resultados: As mães do grupo 12%EtOH apresentaram, principalmente durante a lactação, redução no consumo de líquido, ração e calorias ingeridas. Os filhotes dos grupos 2%EtOH e 12%EtOH apresentaram atrasos nos parâmetros de desenvolvimento físico, como aparecimento do lanugo e abertura do ouvido. Já na idade adulta, apresentaram redução na ansiedade e comportamento de risco, porém as diferenças mais expressivas foram encontradas em relação ao grupo que não sofreu manipulação, sendo semelhante ao grupo que sofreu a mesma manipulação e cujas mães não ingeriram etanol. Conclusão: Podemos concluir que o etanol causa prejuízo na prole no que diz respeito ao desenvolvimento, com impacto maior nas fêmeas. Entretanto, mas mais investigações são necessárias para saber se essas alterações se estendem até a idade adulta. De toda a forma, nossos resultados fornecem evidências para a recomendação de evitar o consumo de etanol, mesmo em baixa concentração, durante a gestação e lactação. |