Inoculação de Herbaspirillum seropedicae em duas variedades de arroz irrigado: qualidade do inoculante e necessidade da reinoculação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferreira, Joilson Silva lattes
Orientador(a): Baldani, Vera Lúcia Divan
Banca de defesa: Baldani, Vera Lúcia Divan, Goi, Silvia Regina, Pereira, Marcos Gervásio, Brasil, Marivaine da Silva, Lemos, Eliana Gertrudes de Macedo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
FBN
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9068
Resumo: A demanda para a utilização de bactérias diazotróficas como biofertilizante em diferentes culturas de plantas não leguminosas cresceu muito nos últimos anos, principalmente pelo fato de que ainda não existe no mercado nacional um inoculante disponível para estas plantas. Os objetivos deste trabalho foram: avaliar alguns aspectos que influenciam na qualidade de inoculantes e o efeito da inoculação e da reinoculação de Herbaspirillum seropedicae estirpe ZAE 94 (BR 11417), aplicada como inoculante na forma turfosa em duas variedades de arroz irrigado: IR 42 e IAC 4440. A qualidade do inoculante foi avaliada através da sobrevivência da estirpe em inoculantes preparados com diferentes teores de umidade, pH e embalagens durante o período de 180 dias de armazenamento em geladeira, e sua contribuição foi avaliada através dos parâmetros de produção, N-total e proteína total dos grãos. O impacto da inoculação e reinoculação, sobre a comunidade de bactérias presentes no colmo das plantas de arroz, foi realizada através da técnica de DGGE. A estirpe ZAE 94 foi multiplicada em meio de cultura por 24 h a 30° C a 100 rpm e a suspensão celular obtida foi misturada à turfa seca, moída e com a acidez corrigida para pH 7,0 e teor de umidade de 43 %. O inoculante produzido foi aplicado nas sementes de arroz, em um experimento em vasos e em dois experimentos consecutivos em campo em solo Argissolo Vermelho Amarelo, com delineamento experimental em blocos ao acaso. Os ensaios de qualidade mostraram que a umidade e tipo de embalagem utilizada foram os parâmetros que mais influenciaram a sobrevivência da estirpe. Os resultados obtidos nos experimentos de inoculação e reinoculação mostraram que o tratamento inoculado, com a estirpe ZAE 94 de Herbaspirillum seropedicae, foi estatisticamente igual ao tratamento que recebeu 20 kg . ha-1 de nitrogênio mineral, na forma de Sulfato de Amônia, na variedade IR42 e 50 kg . ha-1 na variedade IAC4440 para os parâmetros de produção, N-total e proteínas de grãos. O ensaio de reinoculação mostrou que a utilização do inoculante a base da estirpe ZAE 94 se faz necessária em todos os anos de plantio, já que os tratamentos inoculados e reinoculados foram estatisticamente iguais, porém estatisticamente superiores aos tratamentos não inoculados e ao que havia recebido inoculação somente no ano anterior nas duas cultivares. O uso da técnica de DGGE na análise da comunidade microbiana das plantas de arroz, em ambos experimentos de campo, mostrou uma ampla ocorrência de bandas na mesma altura da espécie Herbaspirillum seropedicae, mesmo nos tratamentos que não foram inoculados. Isto indica que esta bactéria tem grande capacidade de colonizar a planta hospedeira. Este estudo também mostrou uma grande ocorrência de bandas diferentes daquelas dos padrões utilizados, o que sugere a colonização das plantas de arroz por diferentes espécies de bactérias.