Uso de inoculante polimérico contendo bactérias diazotróficas na cultura da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Marinete Flores da lattes
Orientador(a): Reis, Veronica Massena lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9129
Resumo: O objetivo foi avaliar a eficiência de inoculantes poliméricos a base de carboximetilcelulose (CMC) e amido como veículo de inoculação das bactérias diazotróficas endofíticas na canade- açúcar. Para isso foram realizados dois testes de sobrevivência das bactérias em laboratório e cinco experimentos, sendo dois na casa-de-vegetação e três no campo experimental da Embrapa-Agrobiologia, Seropédica-RJ. Foram testadas as variedades RB72454 e RB867515, sendo a primeira selecionada com potencial para fixação biológica de nitrogênio e a segunda, variedade recém lançada. As bactérias utilizadas foram BR11281, BR11335, BR11504, BR11145, BR11366. Como veículos poliméricos foram testadas uma proporção 60:40 de CMC e amido em concentrações IPC 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8 gL-1 compatibilizadas e não compatibilizadas com MgO 2% e IPC 2,2 não compatibilizada. Nos ensaios de laboratório foi avaliada a sobrevivência das bactérias nos veículos poliméricos; nos experimentos na casa-de-vegetação foi avaliado os inoculantes poliméricos contendo bactérias aplicadas em mini toletes da variedade RB72454 de cana; nos experimentos a campo foram avaliados os inoculantes poliméricos contendo as bactérias aplicadas nos toletes das variedades de cana-de-açúcar. Os resultados mostraram, no primeiro ensaio de laboratório, que o veículo polimérico IPC 0,8 compatibilizado ou não, apresentou sobrevivência das estirpes RB11281 e BR11145 ao redor de 109 células mL-1 até 120 dias de armazenamento. No segundo ensaio de laboratório o veículo polimérico IPC 0,8 não compatibilizado apresentou sobrevivência das estirpes individualizadas ao redor de 108 células até 15 dias e no polímero IPC 2,2 a sobrevivência das células foi ao redor de 108 até 60 dias de armazenamento. Nos experimentos na casa-de-vegetação as plântulas da variedade RB72454 apresentaram resposta quando inoculadas com os polímeros, onde foram observados aumentos médios de até 181% na produção de fitomassa seca e aumentos médios no nitrogênio total de 122% em relação ao controle não inoculado. Nos experimentos de campo foram observados efeitos positivos do uso dos polímeros contendo as bactérias sobre a produtividade na cana-planta, das variedades RB72454 e RB867515 de 50 Mg ha-1 e 30 Mg ha-1 respectivamente, em relação ao controle absoluto e na produção de fitomassa seca da variedade RB867515 um aumento de 18 Mg ha-1 em relação ao controle. Na cana-soca a inoculação proporcionou um aumento sobre a produtividade de 24 Mg ha-1 para a RB72454 em relação ao controle absoluto sendo estatisticamente igual ao tratamento adubado com 120 kg N ha-1 indicando a existência da interação entre os fatores testados.