Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mercedes Duarte e
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Orientador(a): |
Rinaldi, Alessandra de Andrade |
Banca de defesa: |
Rinaldi, Alessandra de Andrade,
Luna, Naara Lúcia de Albuquerque,
Vianna, Adriana de Resende Barreto |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11471
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Resumo: |
A presente dissertação constitui uma investigação e análise das dinâmicas da ‘rede’ de grupos de ajuda mútua “Mulheres que Amam Demais Anônimas” (MADA) da cidade do Rio de Janeiro, bem como versa sobre a construção da auto-representação de uma “mulher que ama demais”, a qual foi compreendida como constituída por determinados ‘processos de padagogização’. Os grupos se auto-definem como um “programa de recuperação para mulheres que têm como objetivo primordial se recuperar da dependência de relacionamentos destrutivos”. As metodologias acionadas foram observação-participante e análise da base bibliográfica na qual os grupos se alicerçam. Mediante a investigação da origem e possível ‘legitimidade científica’, através de pesquisas etnográficas virtuais, da considerada “doença de amar demais”, foi encontrada a categoria “amor patológico”, a qual é utilizada por alguns setores de pesquisa e tratamento da psiquiatria paulista e carioca, sendo concebida como um transtorno que acometeria especialmente mulheres. Tal apreensão se circunscreve à constatação de valores e teorias veiculadas tanto nos grupos MADA, quanto em tais setores da psiquiatria brasileira (“Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso” (AMITI) - um “Serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP” - e o “Serviço de Atendimento ao Amor Patológico” da Santa Casa da Misericórdia, da cidade do Rio de Janeiro). Assim, foi constatada a existência de uma ‘rede de patologização’ de determinados comportamentos amorosos - os quais não estariam em acordo com valores modernos (autonomia, liberdade e igualdade) -, que lança mão do controle racionalizado das emoções e comportamentos sexo-afetivos. As metodologias utilizadas para investigação de tais setores da psiquiatria foram a análise da bibliografia produzida pelo AMITI, a respeito do “amor patológico”, uma entrevista com a coordenadora do atendimento da Santa Casa da Misericórdia, bem como observação-participante em uma das “reuniões terapêuticas” da mesma instituição. |