Resumo: |
Os diálogos escritos por Leão Hebreu no século XVI evidenciam como o tema amor foi objeto de contemplação filosófica no período e trazem diversas reflexões, citações, referências e amplificações de autores da Antiguidade Clássica, tanto Ocidentais como Orientais. Sobressaem Platão e Aristóteles, pois Leão Hebreu frequentemente os insere nas discussões promovidas pelas personagens Fílon e Sofia, utilizando-os como base para a construção de suas argumentações a respeito de diversos temas adjacentes ao principal. Serão discutidos os papéis dos dois filósofos gregos nos Diálogos de Amor, e para tanto, deverá ser adicionado à leitura do texto de Hebreu um outro filósofo do mesmo período: Marsílio Ficino, que possivelmente influenciou os trabalhos do primeiro, mediante as traduções que fez de alguns diálogos platônicos, a partir do testemunho latino de tais obras, no século XV. Interessa também que sejam debatidas questões referentes às especificidades que o tema amor toma ao longo da obra, mostrando de que maneira os interlocutores acreditam ser o amor a motivação, a manutenção e o fim de todas as coisas. |
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