Helmintofauna do pardal (Passer domesticus Linnaeus, 1758) do estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Brasil, Marilia de Carvalho lattes
Orientador(a): Amato, Suzana Bencke lattes
Banca de defesa: Amato, Suzana Bencke, Freire, Delir Corrêa Gomes da Serra, Rezende, Ana Margarida Langenegger de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11782
Resumo: O pardal, Passer domesticus Linnaeus, 1758, ave onívora, peridomiciliar, proveniente da Europa, constitui uma das aves introduzidas pelo homem no Brasil. Durante o presente estudo, os pardais foram capturados, usando alçapões contendo farelos de pão, arroz cozido, e milho moído como atrativos, e redes de malha fina, com cinco metros de comprimento por um metro de altura, colocadas durante a noite sobre as copas das árvores onde os pardais dormiam. Um total de 250 pardais foram capturados nas quatro localidades no Estado do Rio de Janeiro: a) 142 (63 fêmeas e 79 machos) em Campo Grande, subúrbio do Rio de Janeiro, b) 15 (3 fê- meas e 12 machos) em Volta Redonda, c) 65 (25 fêmeas e 40 machos) em Barra Mansa, e d) 28 (12 fêmeas e 16 machos) em Bom Jardim. Dos 250 pardais necropsiados, 85 estavam infectados com uma ou mais espécies de helmintos: a) 73 (29 fêmeas e 44 machos) de Campo Grande, b) 5 (1 fêmea e 4 machos) de Volta Redonda, c) 6 (2 xvi. fêmeas e 4 machos) de Barra Mansa, e d) 1 fêmea de Bom Jardim. Entre os 147 machos capturados, 53 (35%) estavam infectados, indicando que embora um maior número de machos foram capturados, não houve diferença significativa com relação à infecção por helmintos entre pardais machos e fêmeas. Foram encontradas 11 espécies de helmintos, sendo registradas entre os trematódeos digenéticos, as espécies Athesmia rudecta, Echinostoma revolutum, Eumegacetes medioximus, Leucochloridium parcum e Tanaisia inopina. Choanotaenia passerina foi a única espécie de cestóide encontrada. Entre os nematóides foram registradas as espécies dispharynx nasuta, Tetrameres minima, e duas espécies não-determinadas e entre os acantocéfalos, Mediorhynchus papillosus. Das espécies de helmintos encontradas em pardais capturados em Campo Grande, Rio de Janeiro, RJ, as mais prevalentes foram C. passerina (21,1%) e T. minima (20,4%), sendo classificadas como Centrais. As espécies menos prevalentes foram L. parcum (4,9%), D. nasuta (4,2%), E. medioximus (1,4%), M. papillosus (1,4%) e E. revolutum (0,7%), classificadas como Satélites, e T. inopina (13,3%) que apresentou prevalência intermediária entre as espécies Centrais e Satélites, foi classificada como espécie Secundária. Cada uma destas espécies também foi classificada de acordo com o seu Valor de Importância (I): C. passerina (I = 21,5), T. minima (I = 32), T. inopina (I = 36,27), L. parcum (I = 6,67), e D. nasuta (I = 3,24), foram consideradas espécies fortemente características dos pardais capturados em Campo Grande, Rio de Janeiro, xvii. RJ, e foram classificadas como Dominantes (I ≥ 1,0). As espécies, E. medioximus (I = 0,13), M. papillosus (I = 0,048) e E. revolutum (I = 0,032) foram classificadas como Co-dominantes (0,01 ≤ I < 1,0), por apresentarem-se menos características do que as Dominantes.