Helmintofauna de Anas bahamensis Linné, 1758 marreca-toucinho e Amazonetta braziliensis (Gmelin, 1789) marreca-do-pé-vermelho do complexo lagunar de Maricá, Maricá, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Pereira, Luís Cláudio Muniz lattes
Orientador(a): Amato, Suzana Bencke lattes
Banca de defesa: Amato, Suzana Bncke, Brasil, Marília Carvalho, Teixeira, Dante Luiz Martins
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11738
Resumo: No período compreendido entre agosto de 1989 até janeiro de 1992, 22 espécimes de Amazonetta brasiliensis e 18 Anas bahamensis foram necropsiados, para estudo da fauna de helmintos. A lagoa de Maricá, lagoa de Guarapina, foz do rio Mombuca e o brejo sazonal da restinga de Maricá, foram utilizados como pontos de coleta no município de Maricá, RJ. Toda ave necropsiada estava infectada com pelo menos uma espécie de helminto, variando de uma a seis espécies de parasitos por hospedeiro. Um total de catorze espécies de helmintos foram coletadas, 13 em Amazonetta brasiliensis e 5 em Anas bahamensis, totalizando 1134 espécimes de parasitos. A espécie mais prevalente, coletada em Amazonetta brasiliensis, foi o cestóide Cloacotaenia megalops, a qual apresentou prevalência significativamente mais alta nas fêmeas dos hospedeiros. Anas bahamensis apresentou duas espécies com prevalência alta, Psilochasmus oxyurus e Fimbriaria fasciolaris, sem diferença significativa entre os machos e as fêmeas analisados. Um total de dez novos registros de ocorrência para hospedeiros, o registro da descoberta de dois hospedeiros naturais, dois novos registros de helmintos para a região Neotropical e dois novos registros de helmintos para o Brasil, sugeriram que aves migratórias possam ter introduzido estes helmintos na área de estudo. A dieta dos anatídeos foi analisada qualitativamente, com a divisão em seis grupos, e possibilitou uma discussão sobre os supostos hospedeiros intermediários das espécies de helmintos coletadas. A estrutura da comunidade parasitária foi acessada através da análise do padrão espacial, da riqueza e diversidade de espécies, e o resultado mostrou que a comunidade de helmintos mais rica e diversa foi a do hospedeiro Amazonetta brasiliensis, e entre os locais de coleta, a lagoa de Maricá, Maricá, RJ. Espécies de importância médico-veterinária com potencial epizoótico, foram coletadas em Amazonetta brasiliensis, com baixas taxas de prevalências e intensidade de infecção, sugerindo que este hospedeiro pode estar mantendo estas espécies no seu habitat natural.