Horizonte de possibilidades na humanização de bebês em um contexto de vida coletiva: entre retalhos e narrativas
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
|
Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9928 |
Resumo: | Este estudo buscou compreender como os bebês dão continuidade ao processo de formação humana em um contexto de vida coletiva. A pesquisa foi realizada em um Centro Municipal de Educação Infantil na cidade de Mesquita - Município da Baixada Fluminense-RJ. Contou com a participação direta de nove bebês entre 10 meses a 16 meses e seis educadoras (duas professoras e quatro auxiliares de turma). Tecemos nossas compreensões com os fios da Filosofia da Linguagem de Bakhtin e o seu Círculo de estudos, entrelaçados a outros fios de pensadores que abordam diferentes aspectos sobre as condições de vida dos bebês e alguns autores dos Estudos da Infância. Puxamos os fios metodológicos da narrativa de pesquisa em educação como materialidade textual para compreender o conhecimento a partir das experiências vividas; os fios das enunciações e suas relações dialógicas como elemento privilegiado na busca de compreensão e do cotejo para fazer emergir os sentidos presentes nas interações. O processo de escrita faz parte do projeto desenvolvido pelo grupo de pesquisa GEPELID-UFRRJ sobre heterociência, que nos levou a construir o plano estético da tese buscando inspiração na arte do crazy patchwork, onde organizamos o texto em dez retalhos/eventos que nos permitiram refletir sobre as relações constitutivas entre os bebês e adultos que habitam o espaço-tempo da creche; conhecer como os bebês afetam e são afetados nas relações com o outro (bebê, educadoras, objetos e ambiente); compreender como as atividade de educar-cuidar contribuem para o processo de subjetivação dos bebês e como as relações na creche podem oferecer um horizonte de possibilidades na formação humana. A partir das experiências vividas na turma do berçário, compreendemos que os bebês que compartilham um contexto de vida coletiva dão continuidade ao seu processo de humanização como sujeitos livres e expressivos, pois experenciam em todos os momentos, se constituem nas diferentes relações, são parceiros ativos nas atividades, compartilham intenções, são potentes em suas enunciações, constroem projetos discursivos, defendem seus saberes, possuem um saber compreensivo, utilizam diferentes linguagens para comunicar seus desejos, elaboram estratégias para escapar do que não lhes interessam, direcionam o foco da sua atenção, olham o mundo com potência e estão sempre abertos para o novo. |