Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ana Elisa Alves dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/16928
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Resumo: |
Esta tese tem o compromisso de discutir questões sobre o teatro na escola em caráter de rompimento com o seu sentido apenas representativo e espetaculoso. Buscamos com este trabalho, propostas de deslocamento para o teatro atrelado unicamente a eventos e apresentações nas datas festivas escolares. Trata-se de uma pesquisa que propõe um debate que possa contribuir para o fazer teatral em um espaço-tempo outro de enunciação, com vivências seladas nas relações intercorpóreas, e nas experiências que possam provocar potentes caminhos para lidarmos com este mundo em constantes mudanças. Sendo assim, este estudo discute criticamente o teatro e alarga suas perspectivas dentro da escola como campo de conhecimento filosófico- científico e como prática libertária no enfrentamento de processos hegemônicos. Para tal, foi realizada uma pesquisa de campo em diálogo com a Escola Agroecológica Sítio Esperança (Lambari – MG) e com uma escola municipal da cidade do Rio de Janeiro. Em ambas as instituições, as dinâmicas do estudo ocorreram de maneira participativa, como pesquisadora e como professora de teatro. Na Escola Agroecológica Sítio Esperança, o espetáculo “Héracles – o mito” foi criado a partir das enunciações das crianças em seu chão social. Na escola municipal, foi desenvolvido um círculo de performances sobre a origem do teatro e alguns de seus desdobramentos na história. Todo o processo da pesquisa foi fundamentado nos aportes teóricos da filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin, tanto na condução do trabalho de campo, quanto na produção escriturística. Os doze ensaios são dialógicos, e singularmente cada um traz em seu bojo, questões que visam refletir as condições atuais do teatro na escola. A ética teatral de Carmelo Bene, a palavra política de Bertolt Brecht, o “Teatro da Crueldade” de Antonin Artaud como afiguração, e a estética do TO (Teatro do Oprimido) de Augusto Boal – são perspectivas que conjugam neste estudo um eixo de forças que possam transformar o lugar do teatro na escola. Esta tese heterocientífica ressalta a importância da alteridade como caráter humanizador do teatro, defende o teatro na escola centrado no movimento do dialogismo em compreensão respondente, e afirma que pesquisar sobre o teatro é pesquisar sobre a vida |