OS MÉTODOS E OS EFEITOS DE UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA EM UM CURSO DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL SOBRE “NATUREZA & AXÉ”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Wudson Guilherme de lattes
Orientador(a): Lopes, Adriana Carvalho lattes
Banca de defesa: Lopes, Adriana Carvalho lattes, Carvalho, Carlos Roberto de lattes, Sales, Sandra Regina lattes, Oliveira, Bruno Coutinho de Souza lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18975
Resumo: Os espaços não formais de aprendizagem, entendidos como lugares fora da atmosfera escolar, podem ser cenários educativos e são lugares que podem contribuir, apoiar e/ou complementar a aprendizagem. A presente pesquisa dispõe-se a ampliar reflexões acerca do cumprimento das metas da ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pelo Brasil, a partir do diagnóstico das CTTro - Comunidade Tradicional de Terreiro e os seus demais adeptos das religiões de matrizes africanas, como um modo de organização de colocar em prática as demandas determinadas pela Agenda 2030 da ONU - Organização das Nações Unidas. No Brasil e no mundo, estão ocorrendo heterogêneas situações desestabilizantes geradas pelas problemáticas ligadas a fome, a pobreza, as desigualdades, a falta de saneamento básico, injustiças sociais entre outros entraves que implicam na condição de vida das gerações futuras. Para o abrandamento das controversas é criado, em conjunto com um babalorixá, um curso on-line, com o desejo de apresentar, de conhecer e de discutir os aspectos das ODSs em consonância com a cosmovisão das tradições religiosas de matrizes africanas e afro-brasileiras, como um modo de promover uma vida digna ao povo de terreiro, erradicando as intolerâncias, os racismos, as violências e as discriminações. Proposta sustentada pela ambiciosa Agenda 2030, nas compreensões da ODS de número 04 - Educação de Qualidade, na educação não formal, nos letramentos e na Lei Federal 10.639/2003 e 11.645/2008. Os encontros foram realizados de modo virtual, promovido por lives, com a participação de líderes religiosos, de praticantes das religiões de matriz africana e demais adeptos. A pesquisa foi realizada através dos registros das situações vivenciadas neste espaço de educação não formal e de entrevistas. Para um melhor entendimento com referência as questões afloradas na ação afirmativa, foi necessário analisar a construção da categoria negro (GOMES, 2003, 2010, 2017; MUNANGA, 2004, 2005), a relação entre a raça e colonialidade (QUIJANO, 2010), assim como outras temáticas que emergiram para a compreensão das positividades e as relações étnico-raciais no CTTro. As ponderações germinadas pela pesquisa nos convidam a repensar sobre as práticas para o resgate histórico e fortalecimento do ―chão do terreiro‖, provocando novas encruzilhadas desestruturantes aos padrões hierarquizados, eurocêntrico, intolerantes e racistas, que desqualificam os afro-brasileiros e aqueles que praticam as religiões de matriz africana.