Corpos, memórias e saberes inscritos na educação nos terreiros de candomblé da Bahia no tempo presente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza (Kageran), Tairine Cristina Santana de lattes
Orientador(a): Silva, Maria Cecilia de Paula lattes
Banca de defesa: Oliveira, Eduardo Miranda, Santos, Admilson, Machado, Vanda, Silva, Elisabeth Jesus, Bordas, Miguel Angel Garcia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35179
Resumo: A cosmopercepção da educação de corpos e com corpos nos terreiros de candomblé rasura as linhas abissais do pensamento cartesiano hegemônico. Esta pesquisa debruça-se nas experiências exitosas de três escolas inseridas em Terreiros de Candomblé na Bahia, nas cidades de Salvador, Camaçari e Valença, que, fora fomentadas no ideal de educação ecológica para libertação e aprendizagem dos territórios de identidades. O candomblé é uma religião de Matriz Africana que atravessa a formação humana e cidadã das pessoas que fazem parte da comunidade de terreiro, neste “não lugar” corpo-história-natureza são elementos complexos e indissociáveis. Para o desenvolvimento da investigação, foi adotada a metodologia do tempo presente por conectar narrativas do passado e presente através do entendimento que o conhecimento se constrói em movimento. Ancorada nos caminhos das Epistemologias do Sul, faz-se necessário legitimar e resgatar a potência de corpos (do extremo sul) na produção de saberes. Corpos, memORÍas e saberes é um convite para sulear outras narrativas, para perspectivar sobre a implementação da lei 10.639/03 e 11.645/08, com experiências exitosas no âmbito da luta por educação afirmativa, reparativa e ecológica. A obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Africana Afro-brasileira e Indígena ainda que enfrente dificuldades estruturais para efetivação, produziu e produz deslocamentos epistemológicos de corpos objetificados para corpos de protagonismo históricos, portanto tais experiências exitosas além de efetivar uma política afirmativa de reparação histórica produzem e conduzem corpos (plurais) aos saberes ecológicos e descentralizados.