Educação ambiental e articulações possíveis entre educação formal e não formal na percepção de professores e educadores ambientais em Petrópolis/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinheiro, Luciana Bassous
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20307
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo geral analisar os limites e as potencialidades encontradas em sala de aula e fora dela, respectivamente no âmbito da Educação Formal e da Educação Não Formal na Educação Ambiental (EA), no município de Petrópolis, a partir de evidências documentais e das entrevistas realizadas com professores e educadores ambientais. Diante da necessidade de a EA desenvolver teorias e práticas visando à transformação da sociedade em um complexo cenário mundial de globalização, enxergam-se possibilidades de se iniciar um trabalho mais consistente do local para o global, entendendo o lócus de produção do conhecimento em EA para tornar viável uma maior intervenção social a padrões hegemônicos pré-estabelecidos. A pesquisa toma por base da análise, principalmente, as características em EA encontradas por Carlos Frederico Bernardes Loureiro e Philippe Pomier Layrargues que apontam e se orientam por entre três principais correntes político-pedagógicas mais utilizadas no Brasil: a vertente conservacionista, a vertente pragmática e a vertente crítica, sendo esta última a adotada como ponto referencial para as discussões desta pesquisa, por propor justamente uma mudança das relações societárias. A metodologia foi estruturada com uma pesquisa documental e exploratória no período de junho de 2021 a junho de 2022, alinhada ao suporte teórico de uma revisão bibliográfica sobre as políticas ambientais mundiais e as do Brasil que deram origem à EA, seu conceito e vertentes mais praticadas no país. Por meio da análise quantitativa/qualitativa de entrevistas semiestruturadas feitas com 10 professores e 10 educadores ambientais experientes em Petrópolis, foram analisados o conteúdo de suas falas para entender a EA neste município. Enquanto os professores da Educação Formal apontaram trabalhar mais a vertente conservacionista, os educadores ambientais da Educação Não Formal sinalizaram para uma práxis com as vertentes crítica e pragmática. Porém, a pesquisa revelou contradições conceituais em relação a estas tendências nos dois campos de Educação, Formal e Não Formal, traduzindo-se por uma visão, muitas vezes distorcida, sobre com que questões ambientais trabalhar, com que práticas compactuar e que resultados esperar. Os conflitos e questões ambientais vivenciados em Petrópolis não se traduziram como panos de fundo para os procedimentos teórico-metodológicos da EA descritos pelos participantes. No entanto, há uma clara visão da necessidade de construção de uma rede entre a Educação Formal e Educação Não Formal, a partir do apoio público e privado, incluindo aí uma maior oferta de formação continuada aos envolvidos em Educação Ambiental no município. Esta pesquisa pode contribuir tanto para o empoderamento dos educadores ambientais como para a consolidação de possíveis parcerias potencializadoras entre Educação Formal e Educação Não Formal, no município pesquisado, para efetivarem mudanças sociais e ambientais.