Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Morais, Bárbara Oliveira de
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Orientador(a): |
Lopes, Alexandre Ferreira |
Banca de defesa: |
Lopes, Alexandre Ferreira,
Loureiro, Carlos Frederico Bernardo,
Franco, Ana Paula Perrota |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15728
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Resumo: |
No momento socioambiental que vivemos com a ausência de políticas públicas específicas voltadas aos catadores de materiais recicláveis, é essencial analisar as implicações decorrentes da desativação do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho (AMJG). Apontado como uma das conquistas ambientais dos jogos olímpicos, o fechamento do AMJG trouxe uma série de promessas que visavam à recuperação da área do mangue, a revitalização do bairro, coleta seletiva, qualificação profissional de milhares de catadores e Educação Ambiental. Diante desse contexto, o objetivo geral dessa dissertação foi analisar através da oralidade os impactos do fechamento do Aterro de Jardim Gramacho e suas consequências percebidas pelos catadores que sobreviviam e ainda sobrevivem da venda dos materiais recicláveis. As narrativas de catadores de materiais recicláveis, construídas a partir de entrevistas apoiadas na história oral, que é uma metodologia do diálogo, potencializaram o trabalho de memória desses sujeitos que sofreram e ainda sofrem as consequências de um desenvolvimento insustentável. Essa pesquisa possui abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, cuja coleta de dados utilizou da triangulação de dados via análise documental, entrevistas e observação participante. Nesse território de lutas sociais e espaço de sobrevivências, tem-se ao longo dos anos não apenas o recebimento de resíduos de diversas naturezas, mas a propagação da miséria e da pobreza. É com esse entendimento que no decorrer dessa dissertação são discutidas e problematizadas a questão, portanto, da desigualdade e da pobreza que “empurrou” homens e mulheres para o AMJG. A partir disso, justifica-se, portanto, essa pesquisa devido à necessidade de se oportunizar o empoderamento de indivíduos e grupos que em grande parte são esquecidos pela história pública e oficial, trazendo à tona perspectivas sobre os múltiplos discursos dessas histórias e das contradições que norteiam os conflitos existentes entre o universo do lixão/aterro, os (des)interesses da gestão pública e da sociedade. Assume-se o pressuposto de que só garantindo que os excluídos do sistema tenham voz, é que se pode dar início a uma reflexão crítica desses espaços. |