Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Alziro Vasconcelos
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Orientador(a): |
Fonseca, Adevair Henrique da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9659
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Resumo: |
Entre os vários patógenos causadores de mastite, o único que pode ser erradicado do rebanho é Streptococcus agalactiae. Dados de dois rebanhos, 'A' e 'B', foram utilizados para avaliar a viabilidade técnica e econômica de um programa de erradicação deste patógeno. Foram utilizados dados de produção, contagem de células somáticas (CCS), mastite clínica e financeiros, de 24 meses. Análise custo/benefício foi realizada com auxílio de modelos matemáticos. Identificaram-se 16 vacas infectadas com S. agalactiae no rebanho 'A' e 42 no rebanho 'B', sendo que destas últimas, 31 apresentaram infecção associada com Staphylococcus aureus. A eficácia da terapia de ataque foi de 100% nos dois rebanhos. Entretanto, 18 vacas no rebanho B mantiveram a infecção por S. aureus após a terapia (42% de eficácia). No rebanho 'B', a redução do número de casos e de vacas com mastite clínica foi de 18 e 21%, respectivamente. A CCS apresentou tendência crescente no grupo infectado e no leite total, nos 12 meses antecedentes à terapia, com as médias de 980x103 e 968x103 cél/ml, respectivamente. Após o tratamento, as médias estabilizaram-se em 541x103 e 563x103 cél/ml, respectivamente. O custo do tratamento foi de R$ 175,95 por vaca/tratada, sendo 39% deste com exames laboratoriais, 31% descarte de leite, 20% medicamentos e mão-de-obra devido a operações adicionais e 10% honorários do médico veterinário. O pagamento por qualidade e a redução dos custos com a mastite clínica representaram 55% e 34% do benefício. Aumento significativo não foi observado (p>0,05) na produção média de leite dos grupos tratados e do rebanho 'B'. Estimaram-se retornos de 11,67, 6,45 e 2,63 unidades monetárias para cada unidade investida no programa de erradicação de S. agalactiae. As medidas terapêuticas e profiláticas foram eficazes para erradicar e manter o rebanho livre de S. agalactiae, além de contribuírem para reduzir a CCS do leite, a incidência de mastite clínica, o descarte/mortalidade precoce e proporcionou ganhos em programa de pagamento por qualidade, sendo sua adoção recomendável. Considerando as exigências brasileiras com relação ao limite de células somáticas e de bactérias totais no leite e o papel de S. agalactiae no aumento desses parâmetros, o programa de erradicação deste patógeno pode significar a permanência do produtor na atividade formal, além de reduzir risco para os consumidores e perdas de receitas do Governo com recolhimento de impostos. |