Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Naiara Aparecida Rodrigues de
|
Orientador(a): |
Souza, Guilherme Nunes de
|
Banca de defesa: |
Brito, Maria Aparecida V. P.
,
Lange, Carla Christine
|
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados
|
Departamento: |
Faculdade de Farmácia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7093
|
Resumo: |
A mastite está entre as doenças do gado leiteiro que mais causam prejuízos em todo mundo. Entre os agentes causadores estão os patógenos de origem contagiosa Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae que mais contribuem para o aumento da Contagem de Células Somáticas (CCS) em rebanhos infectados.Desde a implantação da Instrução Normativa 51 ( IN 51/2002) do Ministério da Agriculutura Pecuária e Abastecimento(MAPA) em 2005, pouco se avançou em melhorias no parâmetro CCS dos rebanhos brasileiros, fazendo-se necessário o levantamento da situação das regiões a fim de traçar estratégias específicas para o controle da mastite e atendimento aos requisitos da legislação. O objetivo do presente estudo foi estabelecer uma classificação baseada em risco (dados probabilísticos) (risco) para presença de S. aureus e S. agalactiae em rebanhos bovinos leiteiros localizados Zona da Mata do Estado de Minas Gerais e vinculados a uma cooperativa. O trabalho foi realizado utilizando a população de bovinos leiteiros vinculados à Cooperativa dos Produtores de Leite de Leopoldina de Responsabilidade Ltda (LAC). A avaliação da dependência espacial entre as coordenadas geográficas dos rebanhos e a média geométrica anual da contagem de células somáticas foi realizada por meio de semivariogramas e os mapas de isolinhas por meio do método de Krigagem. Amostras para análise de CCS foram coletadas mensalmente.Para o estudo de prevalência foram selecionados aleatoriamente 43 rebanhos dos quais foram coletadas 3 amostras consecutivas de cada rebanho para análises microbiológicas durante o período de junho de 2016 a novembro de 2017. A análise espacial apresentou grau de dependência espacial e coeficiente de determinação fracos (GD<0,25; r2<0,13). A distribuição de frequência da CCS mostrou que apenas 23,3% dos rebanhos atendem ao limite de 400.000 células/mL . A prevalência de S. aureus foi de 93% a de S. agalactiae de 81,4% não diferindo estatisticamente entre si. Dos 43 rebanhos analisados, em tres (7%) não houve isolamento de S.aureus e de S. agalactiae, cinco (11,6%) apresentaram isolamento somente de S. aureus e 35 (81%) apresentaram isolamento de ambos patógenos. Não houve rebanhos com isolamento somente de S. agalactiae. Dos rebanhos sem isolamento destes agentes, a média de CCS foi de 224.000 células/mL, com isolamento somente de S. aureus a média de CCS foi de 447.000 células/mL, e para rebanhos com isolamento dos dois patógenos, S. aureus e S. agalactiae, 794.000 células/mL. Os rebanhos sem isolamento ou somente com isolamento de S. aureus estão associados a CCS inferior a 400.000 células/mL e rebanhos com isolamento de ambos os patógenos estão associados a CCS superior a 400.000 células/mL. A utilização da curva ROC para dados de CCS de rebanhos associados ao estudo de prevalência de S. aureus e de S. agalactiae permitiu classificar rebanhos em tres níveis de risco: baixo, médio e alto. A prevalência de S. aureus e de S. agalactiae entre rebanhos foi considerada alta para ambos patógenos, indicando que as medidas de controle para estes patógenos não estão sendo realizadas de maneira eficiente. Não foi observada diferença entre as prevalências de S. aureus e de S. agalactiae entre os rebanhos. Foi observada uma associação entre a CCS dos rebanhos e a presença de ambos os patógenos, permitindo desta forma uma classificação dos rebanhos. |