Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Jalil, Laeticia Medeiros
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Orientador(a): |
Romano, Jorge Osvaldo
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Banca de defesa: |
Schmitt, Cláudia Job,
Delgado, Nelson Giordano |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9444
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Resumo: |
A proposta desta dissertação é analisar a relação entre as mulheres agricultoras que participam do Movimento de Mulheres Camponesas/MMC e a Soberania Alimentar a partir da sua prática, sendo o MMC o único movimento feminista que participa da Via Campesina no Brasil. Para tal, foi analisada a Campanha pela Produção de Alimentos Saudáveis buscando perceber como essas práticas representam o questionamento, a resistência e o enfrentamento das diversas formas pelas quais se expressam em suas realidades o capitalismo e o patriarcado. A partir da identificação de algumas ações relacionadas à campanha, buscamos perceber como estas democratizam a esfera pública e ampliam o campo de acesso aos direitos sociais (educação, saúde, acesso à água, produção agroecológica, a luta pelo resgate das sementes crioulas, plantas medicinais e a valorização da cultura camponesa). A ideia se constitui na possibilidade de nos situarmos dentro do universo social, político e teórico, no qual as questões sobre gênero e soberania alimentar tem se apresentado. Outra questão que foi abordada é a o uso da soberania alimentar como instrumento político que fortalece a luta dos movimentos sociais e sua definição enquanto um dos eixos do projeto político do MMC. Para tal, foi realizada uma pesquisa etnográfica com as monitoras da campanha no estado de Santa Catarina. Durante 23 dias as atividades de cinco monitoras foram acompanhadas. Seis grupos em cinco cidades foram visitados, para identificar e caracterizar as estratégias e as práticas dos grupos de mulheres que estão envolvidas na campanha pela produção de alimentos saudáveis e no Programa de Recuperação, Produção e Melhoramento das Sementes Crioulas. A partir da sistematização de alguns dados, a proposta é discutir e tentar responder a algumas questões: em que medida uma abordagem de gênero enriquece a discussão sobre soberania alimentar? Como a soberania alimentar, por meio das ações da campanha, se constitui em projeto político do MMC? Quais as maiores dificuldades que as mulheres camponesas enfrentam na implementação da campanha? De que forma a luta das mulheres por soberania alimentar amplia e democratiza o espaço público? Como elas articulam a campanha e a luta por soberania alimentar com a luta pela democratização da água, educação, previdência social, dentre outras? |