Doutoras Negras nas Ciências da Natureza brasileiras e colombianas: vozes, tempos e trajetórias acadêmicas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20032 |
Resumo: | A necessidade de uma discussão centrada em doutoras negras nas Ciências da Natureza brasileiras e colombianas, categorizando suas vozes, tempos e trajetórias acadêmicas, evidenciando as interconexões entre raça e racismo, tanto no Brasil quanto na Colômbia, é uma questão emergente. Ambos os países possuem sociedades multirraciais, onde a questão racial desempenha um papel significativo em diversos aspectos da vida social, econômica e política (Lerma, 2019; Wade, 2018; Gonzalez, 2020; Davis, 1944). As negras tem sido consideradas só corpo, sem mente, mais que qualquer grupo de mulheres, em contrapartida, são descartadas da condição de produtoras de conhecimento e detentoras de poder (Carneiro, 2023). A tese apresenta uma abordagem de pesquisa que investiga a visibilidade e as contribuições de doutoras negras na área das Ciências da Natureza no Brasil e na Colômbia. A partir das narrativas de cinco professoras negras, três doutoras brasileiras e duas colombianas, apresentando suas trajetórias e as nuances relativas às compreensões em torno das diversas manifestações do racismo institucional, estrutural, recreativo e de gênero que interferem em suas vivências profissionais. Assim como, os desafios encontrados para se legitimarem no espaço acadêmico científico. A exploração é motivada pela ausência de representatividade feminina negra na área, refletindo sobre a marginalização das vozes dessas cientistas em um campo predominantemente masculino e branco. O objetivo é analisar as trajetórias profissionais dessas mulheres, reconhecendo desafios e conquistas, e evidenciando suas experiências com possibilidades de inspirar futuras gerações. Os principais eixos do estudo incluem a análise do contexto histórico de raça e racismo, as barreiras enfrentadas, a influência da identidade racial e de gênero na experiência acadêmica, e as estratégias de resistência contra a discriminação. O trabalho propõe uma pesquisa qualitativa, com entrevistas semiestruturadas, focando em cientistas atuais. Ressaltando a importância de tornar visíveis as contribuições de mulheres negras na Ciência, que frequentemente são ignoradas, e a necessidade de uma reflexão mais ampla sobre as disparidades enfrentadas por diferentes grupos na academia. A pesquisa é organizada em cinco capítulos que abordam as ideologias de raça e racismo, o panorama das cientistas negras, as perspectivas das entrevistadas, e suas narrativas de vida, formando um diálogo entre as experiências brasileiras e colombianas. A investigação se propõe a contribuir com uma forma de empoderamento, além de apontar que a disparidade no acesso à educação superior e a programas de pós-graduação para negras é um fator que limita a presença de doutoras negras nas ciências da natureza. Portanto, este trabalho se converte em um ponto de partida sobre as vivências dessas mulheres. Facilitando a identificação das experiências de doutoras nessa categoria, possibilitando a descoberta de estratégias que possam ser adotadas para promover uma maior igualdade e inclusão nesse setor. |