Otite parasitária por Otodectes cynotis (Hering, 1838) (Acari: Psoroptidae): diagnóstico, aspectos epidemiológicos e clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Souza, Clarissa Pimentel de lattes
Orientador(a): Scott, Fabio Barbour lattes
Banca de defesa: Scott, Fabio Barbour, Ramadinha, Regina Helena Ruckert, Labarthe, Norma Volmer
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20316
Resumo: Este estudo teve como objetivos conhecer a prevalência do ácaro Otodectes cynotis, avaliar a validade e reprodutibilidade do diagnóstico clínico feito pela otoscopia e reflexo otopodal, verificar a associação entre os fatores relacionados aos próprios animais e ao ambiente que influenciem na infestação, assim como as alterações clínicas que possam estar presentes. Foi realizada uma anamnese seguida de um exame fisico de cada animal, e entrevista aos proprietários. O diagnóstico do ácaro nos condutos auditivos dos cães foi feito através da otoscopia, pela coleta de material e visualização do ácaro sob microscópio esterioscópico (exame parasitológico), e pela avaliação do reflexo otopodal. Em seguida foi novamente coletada secreção otológica de cada ouvido para confecção de lâminas para o exame citológico, e para o isolamento microbiológico, sendo este material coletado através de "swab" estéril. Com os dados obtidos foi montado um banco de dados no Epi Info 2002, e posteriormente feita análise pelo Qui-quadrado e Fisher exato, quando necessário. Também foram calculados o indicador de kappa, a sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo para os métodos diagnósticos. Assim, foi observada prevalência de infestação pelo ácaro O. cynotis em 6% dos cães, considerando-se o diagnóstico parasitológico como padrão. O reflexo otopodal não deve ser indicado como técnica auxiliar ou diagnóstica da infestação pelo ácaro O. cynotis devido a sensibilidade e valor preditivo positivo baixos, assim como a reprodutibilidade ruim, quando comparada ao diagnóstico parasitológico. Não houveram evidências suficientes para concluir que a idade, o sexo, a raça, o porte, o formato das orelhas, o tipo e comprimento da pelagem e o convívio com outros animais possam atuar como possíveis fatores de risco para a infestação pelo ácaro. O tipo de piso do ambiente em que vivem os animais e a freqüência de limpeza do mesmo, propiciaram a infestação pelo ácaro. A ocorrência de prurido, otite clínica, secreção otológica e microrganismos estiveram associados a presença do ácaro O. cynotis, sugerindo a possibilidade de serem efeito desta infestação.