Caracterização toxicológica e funcional do extrato aquoso de Waltheria douradinha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fontoura, Eduardo Garcia
Orientador(a): Nobre, Márcia de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7966
Resumo: A inflamação do conduto auditivo externo recebe destaque na clínica médica de pequenos animais pelo elevado número de cães que apresentam a doença ao longo de sua vida. Os fatores causadores da otite podem ser descritos como primários predisponentes ou perpetuantes, e as imprudências em seu diagnóstico somadas ao manejo incorreto de medicamentos alopáticos faz com que o índice de animais que apresentam a doença crônica seja elevado. Assim, alternativas ao tratamento convencional são necessárias. A fitoterapia vem crescendo e sendo estimulada, contudo, diversas plantas com potencial medicinal ainda não possuem sua ação comprovada cientificamente, tendo somente recomendações empíricas. A Waltheria douradinha é uma planta da família Malvaceae cujas ações ainda não foram completamente desvendadas. As opções de utilização empírica lhe tornam uma escolha para o tratamento de enfermidades inflamatórias. Neste aspecto, associamos a necessidade de comprovação científica da ação da W. douradinha no tratamento da otite externa em pequenos animais. Desta forma, nesta tese objetivamos revisar pontos considerados relevantes para a melhor conduta em casos de otite externa, com o intuito de compreender melhor a dimensão desse quadro médico; avaliar a toxicidade do extrato aquoso de W. douradinha através da utilização em ensaio ex vivo em globo ocular de frangos, por parâmetros macroscópicos e análise histopatológica; testar o efeito citotóxico in vitro causado pela exposição de células ao extrato aquoso de W. douradinha; e por fim, avaliar o efeito do tratamento da otite externa infecciosa experimentalmente induzida em ratos wistar, através do uso de extrato aquoso de W. douradinha. A avaliação da toxicidade do extrato aquoso de W. douradinha em modelo ex vivoutilizou olhos de frango distribuídos em grupos conforme o produto instilado em sua superfície: grupo extrato aquoso de W. douradinha 100%, salina 0.9% (Cn) e ácido acético 10% (Cp),foram considerados parâmetros como retenção de fluoresceína, opacidade e inchaço de córnea, além da análise histopatológia.O ensaio citotóxico foi realizado através da exposição de células subcultivadas em placas de 96 poços ao extrato aquoso de W. douradinha, após o período de 48 horas foi acrescido o corante de vermelho neutro e se procedeu leitura em espectrofotômetro de placas. Para a observação do tratamento da otite externa, ratos wistar foraminduzidos à inflamação através da instilação de óleo de cróton em seus condutos auditivos. Os animais divididos aleatoriamente foram tratados com o extrato aquoso de W. douradinha por dois, quatro e seis dias, nas concentrações de 100, 50 e 25%, além de grupo controle contendo solução fisiológica. Os parâmetros de peso e edema da pinna auricular foram avaliados em conjunto com a observação através de vídeotoscópiodo diâmetro da luz do conduto auditivo externo, com sua coloração e efusão, somado a análise histopatológica. Com os resultados, concluiu-se que o extrato aquoso de W. douradinha possui um baixo grau de toxicidade perante as análises macroscópicas e histopatológicas realizadas em modelo ex vivo, utilizando globo ocular de frangos; o extrato aquoso de Waltheria douradinha demonstrou possuir atividade citotóxica nas concentrações de 1, 5 e 10%,; por fim, foram fornecidas evidências de que o extrato aquoso de W. douradinha pode ser topicamente ativo para o tratamento da otite externa experimentalmenteinduzida pelo óleo de cróton em modelo rato.