Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Laguna, Anaís Gabriela Villarreal
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Orientador(a): |
Fernandes, Julio Israel
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Banca de defesa: |
Moraes, Carina Martins de,
Ramadinha, Regina Ruckert |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14161
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Resumo: |
A otite é definida como uma inflamação, aguda ou crônica, do conduto auditivo e é uma das doenças mais frequentes na clínica de animais de companhia. Possui diversos agentes perpetuantes, sendo mais comuns as bactérias e leveduras. O tratamento e baseado no reconhecimento de causas principais e fatores predisponentes, assim como a resolução de infecções secundárias. Tem sido relata uma sensibilidade maior nos condutos auditivos dos gatos, quando comparados com cães. Deste modo, um produto com poucos ingredientes farmacologicamente ativos seria o tratamento tópico ideal em felinos. No entanto, a maioria dos produtos para otite disponíveis no mercado combina tanto antibióticos, como antifúngicos, não sendo esta combinação necessária em todos os casos; especificamente para otites bacterianas, existem poucos produtos específicos, e muitos apresentam um potencial ototóxico já comprovado. Perante este problema, foi avaliada a eficácia de uma nova formulação a utilizando levofloxacina para o tratamento específico da otite bacteriana em felinos, o produto foi confeccionado pelo setor de Farmacologia e Farmacometria do LQEPV – UFRRJ, utilizando como veículo álcool isopropílico. Foram selecionados 18 felinos adultos pertencentes ao Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária (LQEPV-UFRRJ), diagnosticados com otite bacteriana de acordo com sinais clínicos (eritema, inflamação, prurido, hiperpigmentação e presença de secreção), exame citológico e vídeo-otoscopia. Os dados individuais foram registrados em formulários específicos para comparação das avaliações inicias e pós-tratamento. Após as avaliações iniciais, os animais foram divididos em três grupos experimentais: no grupo A, controle, seis animais utilizaram um Placebo (veículo); no grupo B, seis animais utilizaram a formulação contendo Levofloxacina a 0,5%; e no grupo C, seis animais foram medicados com a associação de Levofloxacina 0,5% com dexametasona 0,02%. Em todos os casos foram instilados 0,5ml em ambas as orelhas uma vez por dia, durante 15 dias consecutivos. Exames vide-otoscópicos pós-tratamento foram realizadas no dia +21, e citologias nos dias +7, +14 e +21. Os animais foram observados diariamente sempre pelo mesmo avaliador, evitando assim erros de concordância e acompanhando possíveis reações adversas ao produto. Nenhum animal apresentou reação adversa ao produto durante o período de tratamento, além de incomodo no momento imediato após a aplicação. Os animais do grupo A continuaram com o mesmo score registrado no dia 0 até finalizado o experimento. Os animais do grupo B apresentaram melhoria inicial, porem alguns deles desenvolveram otite fúngica ao decorrer do tempo. Já os animais do grupo C apresentaram uma melhora significativa desde o dia +7, sem alterações secundárias no decorrer do experimento. Demostra-se assim que a associação de levofloxacina 0,5% com dexametasona 0,02% pode ser eficaz e segura para o tratamento da otite bacteriana em felinos |