Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Carolina Marotta
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Orientador(a): |
Sanavria, Argemiro
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Banca de defesa: |
Campos, Sérgio Gaspar do,
Folly, Márcio Malhães,
Mattos Junior, Dalton Garcia de,
França, Ticiana do Nascimento |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14273
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Resumo: |
A otite externa é a mais comum das doenças do canal auditivo em cães. Essa enfermidade é dolorosa, causa desconforto extremo e requer tratamento imediato. Objetivou-se, neste estudo, descrever os aspectos clínicos e microbiológicos das otites externas em cães domésticos naturalmente acometidos e avaliar a sensibilidade in vitro ou eficácia clínica in vivo dos principais antimicrobianos usados no tratamento dessa enfermidade. Participaram do estudo 36 animais, totalizando 72 amostras de swabs de orelha com secreções auriculares colhidas de animais com sinais clínicos de otite. Das amostras analisadas, 67 (93,1%) resultaram em crescimento microbiano, enquanto 50 (69,4%) apresentaram crescimento da levedura Malassezia pachydermatis. Das as 101 bactérias isoladas, 27 (26,7%) eram Pseudomonas spp, 14 (13,9%) Streptococcus spp, 13 (12,9%) Escherichia coli, 11 (10,9%) Corynebacterium spp, 10 (9,9%) Staphylococcus intermedius, 10 (9,9%) Staphylococcus coagulase negativa, 8 (7,9%) Staphylococcus aureus, 4 (4%) Proteus SP e 4 (4%) Bacillus sp. As alterações clínicas incluíram eritema em 30 orelhas (41,7%), 48 (66,7%) hemorragias puntiformes, 54 (75%) erosões, 62 (86,1%) hiperemia, 52 (72,2%) edema, 66 (91,7%) espessamento tegumentar, 20 (27,8%) hiperpigmentação, 28 (38,9%) calcificação de cartilagem, 52 (72,2%) escoriações periauriculares, 22 (30,5%) estenose parcial, 19 (26,3%) exsudato de coloração castanha, 32 (44,4%) exsudato de coloração marrom escura, 24 (33,3%) exsudato de coloração amarela, 50 (69,4%) exsudato intenso, 20 (27,8%) exsudato moderado, oito (11,1%) otohematoma, 32 (88,9%) prurido, odor alterado 36 (100%), hipertermia nove (25%), mucosas hipocoradas três (8,3%), desidratação leve três (8,3%), inapetência nove (25%), aumento do linfonodo pré-parotídeo nove (25%), aumento do linfonodo mandibular cinco (13,9%), otalgia 12 (33,3%), (13,9%) alteração de posicionamento da orelha cinco, 32 (88,9%) agitação da orelha e quatro (11,1%) inclinação de cabeça. O antibiograma testando 17 antimicrobianos indicou uma eficiência de tratamento maior que 70% para cloranfenicol, ciprofloxacina, enrofloxacina, gentamicina, neomicina ou tobramicina. O percentual de cura usando gentamicina, neomicina, enrofloxacina e/ou ciprofloxacina alcançou 92%. Como conclusão, gentamicina, neomicina e enrofloxacina apresentaram melhor eficiência clínica no tratamento de otite externa canina. Sendo essencial uma avaliação clínica individualizada e a realização da cultura microbiana e antibiograma para ser adotado um tratamento eficaz, evitando-se a cronicidade e recidivas da doença. |