O leitor na linguagem: o gosto como fundamento
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
|
Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19973 |
Resumo: | In resumo, eis o desejo: pensar o leitor em ato nos atos dos aí. Pensá-lo sob as perspectivas dos gostos ou desgostos; dos prazeres e desprazeres, enfim, das afecções e afetos resultantes das leituras que fazemos do mundo. Pensar o homem que lê (todas as pessoas) no mundo com o mundo. O homem imanente no mundo é o é-sendo do mundo na e com a linguagem. A linguagem é o mundo do homem pensamento, o homo sapiens. Na linguagem e com a linguagem, cada homem é um mundo para si no mundo que fala nele, a linguagem fala. O homem é e não é nas linguagens, linguagens são atos, modos de apreensão de si e do mundo, de mundos. No mundo do pensamento imanente o universo está no diverso, nos fenômenos mundanos, Aristóteles, o diverso manifesta o uno. Daquilo que nos constitui: a imprescindível leitura do mundo, o ato instituinte, precedente a toda palavra; oral ou escrita. Conforme Paulo Freire ou Heidegger o homem fala, é sujeito-objeto: fala a partir da linguagem que fala nele. Para tanto, carece de uma escolha para iniciar a instituição desse homem a de um leitor, o verbo ler, que colocará o homem no fazer de sua humanidade, um logos a ser exercitado. Ler, caminhar, ler, escolher, ler, construir, ler, viver. O caminho dessa escrita se constrói por meio das leituras. Caminhar aqui significa construir uma obra de arte, a própria obra, a sua linguagem, para dela degustar com sapiência na busca da transformação do leitor comum, para um leitor sísyphus, com a tarefa diária, ação, um de um alguém que vai instituindo o gosto pela leitura, caminhando e orientando-se, tudo isto através do hábito de consumir aquilo que lhe dá prazer, constituindo-se a partir de suas escolhas, refinando e tornando-se mais exigente. Para entender a discussão sobre o todo do ser humano a partir do gosto, sua constituição e instituição, Agamben (2017) eleva o gosto ao campo da estética, um privilégio do saber. Saborear é sentir o saber, não é apenas gostar, é degustar de um prazer que se instituiu. E nesse percurso, o o caminho teórico-metodológico desta pesquisa direcionou ao pensamento filosófico-literário seguindo um destino fenomenológico, isto é, aproximar a filosofia da ciência, ver o fenômeno enquanto ele mesmo, a partir da experiência, na experiência. Apresentamos nossas leituras materializadas em um texto dialógico, com reflexões no decorrer de quatro anos, a fim de sintetizar um novo leitor. Compreendemos a fundamentalidade da escolha, observamos um inscrever-se no mundo com a sua própria obra de arte, o seu eu, a sua linguagem, com as suas leituras, os seus interesses. As leituras são caminho, e necessitam estar sempre em ação. Ação não necessita pressa, “caminhe lentamente, não se apresse, pois o único lugar ao qual tem que chegar é a si mesmo”, diz Ortega y Gasset. O campo de pesquisa é a vida, e a esta, cabe a cada um à sua seleção, o seu gosto como fundamento. |