Jovens violinistas e a pragmática do gosto: a construção do gosto pela música

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Andréa Orrigo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/142857
Resumo: Esta investigação, produzida no campo da Educação Musical, na sua abordagem sociocultural, é de caráter qualitativo e tem por objetivo compreender como jovens violinistas e violistas, estudantes da Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP Tom Jobim, constroem seu gosto pela música. No início do trabalho situo o objeto de estudo, bem como esclareço os conceitos sociológicos jovens e juventudes. Abordo estudos que tratam da interação de jovens e músicas e relato, na revisão bibliográfica, alguns trabalhos acerca do gosto dos jovens pela música. Seguindo, apresento a teoria do gosto de Antoine Hennion, aporte teórico desta investigação, nos seus conceitos centrais: o coletivo dos amadores, esses entendidos como “aqueles que fazem algo com a música”, profissionais ou diletantes, o conceito de mediação, a reflexividade, a performance musical e os quatro suportes para a análise do gosto. Recorri a procedimentos etnográficos como observação participante, diários de campo, conversas informais, entrevistas semiestruturadas, observações das práticas musicais desses jovens e registros audiovisuais. De outubro de 2014 a junho de 2015 interagi com dez jovens, sendo nove violinistas e um violista com idade entre 11 e 24 anos, interação ocorrida na EMESP Tom Jobim e na OJESP – Orquestra Jovem do Estado de São Paulo. No capítulo interpretativo, apresento os mediadores envolvidos, os amadores em ação e os gêneros musicais degustados. Exponho uma ilustração criada a partir das reflexões acerca da pragmática do gosto pela música, que me auxiliou a compreender como os jovens constroem o gosto pela música. Os resultados indicam mediadores que ligam os jovens à música e às ações musicais densas de expressões corporais, sensações físicas e emocionais. Constatei que os mediadores são suportes para a construção do gosto dos jovens pela música que, de modo coletivo, desenvolvem suas performances e demonstram no engajamento do corpo o gosto pela música verbalizando-o por meio da reflexividade. Finalizo, indicando implicações desta pesquisa para a educação musical.