A cidade histórica na pós-modernidade: a produção do urbano para o consumo visual – olhares sobre Paraty e a flip

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vinco, Jefferson de Oliveira lattes
Orientador(a): Botelho, Maurilio Lima lattes
Banca de defesa: Botelho, Maurilio Lima, Oliveira, Leandro Dias de, Costa, Maria de Fátima Tardin
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13748
Resumo: O urbano pós-moderno apresenta desafios interpretativos que já foram enfrentados por importantes autores dentro da geografia. Entretanto, o quadro elucidativo foi construído visando explicar os processos observados em grandes metrópoles financeiras, nas cidades que são o coração da economia capitalista contemporânea. Nossa intenção se volta para as cidades consideradas históricas, em geral, cidades pequenas ou médias, que possuem um considerável nível de preservação de seus monumentos. Essas cidades-patrimônio ascendem no, século XX, como importantes espaços destinados a cultura, a história, a memória e ao lazer e seus perímetros urbano-históricos são produzidos para se tornarem espaços de consumo visual. A pós-modernidade chega ao urbano a partir da culturalização do planejamento citadino, uma série de preservações, restaurações e invenções são aplicadas na cidade objetivando desenvolver formas e histórias que sejam atrativas aos olhos e assim mobilizem desejos de consumo. Patrimonialização, espetacularização e festivalização são processos que se unem e formam uma tríade, que constrói cenários utilizando a valorização estética do passado, ou do que se imagina e se quer produzir como passado, para constituir rendas de monopólio através da exploração de características urbanas distintivas, únicas em todo país. Logo, é Paraty e sua festa literária que aguçam nossos olhares e nos motivam a interpretar os intensos processos que incidem sobre o urbano e acabam assim por fragmentá-lo e esfacelá-lo devido à produção desigual do espaço. A intensa periferização a qual a cidade foi submetida, no momento em que seu centro histórico começou a ser produzido como uma mercadoria-cultural de luxo, responde aos ideais da constituição de simulacros urbanos pós-modernos em que tudo e todos são transformados em imagem e rendidos ao império do dinheiro, degradando toda sociabilidade, outrora tão efusiva e extasiante na pacata cidade isolada entre a planície e a serra