Ciclo biológico comparado de Argas (Persicargas) miniatus Koch, 1844 (Acari: Argasidae) alimentados em Gallus gallus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Huarrisson Azevedo lattes
Orientador(a): Massard, Carlos Luiz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11889
Resumo: O objetivo do presente estudo foi descrever os aspectos biológicos de Argas (Persicargas) miniatus em condições controladas a 27±1ºC e 80±10% (UR) e ambiente de laboratório. Os ovos oriundos de fêmeas de A. (P.) miniatus foram incubados nas condições descritas acima. As larvas emergidas foram alimentadas em aves jovens, enquanto que os estágios ninfais e adultos foram alimentados em aves adultas. As características biológicas dos ínstares ninfais foram estudadas em períodos de jejum de 15, 30 e 60 dias. Os aspectos biológicos dos estágios ninfais e adultos foram estudados em condição ambiente de laboratório nas estações secas (Maio a Outubro) e chuvosas (Novembro a Abril). Foram avaliados: tempo de alimentação, taxa de recuperação, taxa de mortalidade, peso antes e após a alimentação, períodos de muda, pré-postura e postura, número de posturas e de ovos, período de incubação, percentual de eclosão, reprodução estimada e índice nutricional. O peso médio das larvas foi de 0,94 ± 0,13mg com ganho médio de peso de aproximadamente 81,37 vezes. Em câmara climatizada o período médio de muda foi de 6,37±0,24 dias, enquanto que em condições de ambiente de laboratório a média foi 8,12±0,95 dias. Ao avaliar a capacidade de fixação de larvas submetidas a diferentes períodos de jejum observou-se que as larvas não alimentadas mantidas em câmara climatizada e em condições ambientais de laboratório foram capazes de se fixar sobre as aves com períodos de jejum de 6 a 75 dias e 8 a 60 dias, respectivamente. Quando as ninfas foram submetidas a um período de jejum de 15 e 30 dias, nas duas condições estudadas, ocorreu o desenvolvimento de ninfas de segundo e terceiro instares. Quando submetidas a 60 dias de jejum verificou-se mortalidade de 28 e 37% em câmara climatizada e em ambiente de laboratório, respectivamente e as sobreviventes não se fixaram sobre os hospedeiros. As ninfas de segundo instar submetidas ao jejum de 60 dias desenvolveram, em ambas condições estudadas, ninfas de terceiro instar e adultos machos. Ainda no grupo submetido a 60 dias de jejum, as ninfas de terceiro instar desenvolveram adultos (42,42% e 40,54% de machos; 36,36% e 48,65% fêmeas nas condições de ambiente de laboratório e B.O.D., respectivamente) e as demais se desenvolveram em ninfas de quarto instar, que posteriormente, se desenvolveram em adultos fêmeas. O número médio de ovos produzidos variou entre 46 e 138 ovos nas 18 posturas das fêmeas mantidas em ambiente controlado; 41 e 108 ovos nas 9 posturas das fêmeas das estações chuvosas; e 74 e 138 ovos para as fêmeas da estação seca, com diferença significativa em todas as condições experimentais. A duração média do ciclo com ocorrência de adultos em N2 foi de 49,05 dias em câmara climatizada, 53,01 dias nas estações secas e 67,41 dias nas estações chuvosas. Os resultados obtidos no presente estudo demonstram que os aspectos biológicos de A. (P.) miniatus são influenciados por fatores climáticos, de modo que ocorre um prolongamento do ciclo biológico durante a estação seca, período que a temperatura é mais baixa.