Novos aspectos morfológicos, biológicos e tóxicos de Argas (Persicargas) miniatus Koch, 1844 (Ixodoidea-Argasidae) no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1979
Autor(a) principal: Magalhães, Fernando Eustáquio Peixoto de
Orientador(a): Neitz, Wilhelm Otto Daniel Martin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9785
Resumo: O ciclo evolutivo do Argas (Persicargas) miniatus Koch, 1844 de material procedente dos municípios de Itaguaí e Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, foi estudado em condições de laboratório com temperatura controlada e de meio ambiente e com umidade relativa do ar entre 70 e 80%, utilizando-se como hospedeiros pintos (G. gallus) e patos (C. moschata). Foi evidenciado o aparecimento de dois novos está- dios ninfais (trito- e tetraninfa) além dos estádios de proto- e deutoninfa já considerados. O período de desenvolvimento dos ovos, das larvas e de todos os estádios ninfais foi marcadamente influenciado pela temperatura. A formação de adultos, machos e fêmeas, foi observada através de mudas diretamente de deuto-, trito- e tetraninfas. Foi comprovado o cruzamento e respectiva fertilização de cinco fêmeas por um único macho. Sete posturas consecutivas com total de 875 ovos foram efetuadas por uma única fêmea. O ciclo de ovo a ovo foi completado entre quatro a seis meses em temperatura ambiente e três meses em estufa a 30°C. 82 Lesões cutâneas do tipo ulcerativo foram evidenciadas, após fixação das larvas, sendo o grau de patogenicidade mais acentuado quanto maior fosse o estado de ingurgitamento larvar. Sintomas clínicos, caracterizados como paralisia causada pela ação tóxica das larvas dos carrapatos ("tick paralysis"), foram observados em 20 pintos e 4 patos infestados com larvas, após três a cinco dias. Incoordenação motora, aumento da sensibilidade, paralisia das patas e asas e flexão da cabe- ça para baixo foram os sintomas mais frequentes, finalizando com morte por parada respiratória. À necropsia, as lesões macroscópicas mais evidentes foram: atrofia esplênica, fígado amarelado e estase biliar. Exames histopatológicos revelaram lesões na pele, pulmão, coração, baço, rins, glândula ad-renal e fígado. Acredita-se que esta seja a primeira referência na literatura a respeito de dois novos estádios ninfais bem como da ação tóxica ou "tick paralysis", das larvas de A. (P.) miniatus