Estudo da transmissão experimental de Borrelia anserina (Sakharoff, 1891) por Argas (Persicargas) miniatus Koch, 1844 e avaliação comparativa de parâmetros clínicos e hematológicos em Gallus gallus Linnaeus, 1758

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lisbôa, Raquel Silva lattes
Orientador(a): Fonseca, Adivaldo Henrique da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11877
Resumo: A Borreliose aviária é uma doença septicêmica aguda, cosmopolita, que acomete diferentes espécies aviárias, sendo causada por Borrelia anserina (Sakharoff, 1891). Esta espiroqueta pode ser encontrada no plasma sangüíneo das aves infectadas durante os estágios iniciais da doença. Os objetivos do presente trabalho foram estudar a transmissão experimental de B. anserina por carrapatos Argas miniatus infectados, observando o período pré-patente e período de patência, e estudo comparativo das alterações clínicas e hematológicas. Um total de 27 aves da espécie Gallus gallus foram divididas em três grupos inteiramente casualizados contendo nove animais cada. Um grupo foi exposto a carrapatos infectados por B. anserina (grupo 1); outro a carrapatos livres deste agente (grupo 2); além de um grupo não exposto aos carrapatos (grupo 3). Realizaram-se esfregaços sangüíneos das aves, diariamente, a partir do primeiro dia em que as aves foram expostas aos carrapatos, até o 25º dia após a exposição (DPE). Amostras de sangue foram coletadas três dias antes da exposição aos carrapatos, três DPE, oito DPE e uma última 18 DPE para a realização dos hemogramas. O exame dos esfregaços das aves do grupo 1 revelou grande número de espiroquetas. Os parâmetros biológicos de período pré-patente e de período de patência para este grupo foram, em dias, 6 ± 0,83 e 5 ± 1,96, respectivamente. Os esfregaços sangüíneos do grupo 2 e do grupo 3 mantiveram-se negativos durante todo o período experimental. Em relação às manifestações clínicas observadas, a partir do sexto e sétimo DPE, as aves do grupo 1 apresentaram os seguintes sinais clínicos: penas arrepiadas, crista pálida, sonolência, perda do apetite, perda de peso e diarréia esverdeada. Estes sinais continuaram até o 12º DPE, coincidindo com o término da espiroquetemia, em seguida houve evolução do quadro clínico para a cura das aves. De acordo com os resultados das avaliações hematológicas, as aves expostas aos carrapatos infectados por B. anserina (grupo 1 apresentaram um quadro de anemia normocítica normocrômica em oito DPE, leucocitose com heterofilia e monocitose iniciais que cursaram paralelamente com a espiroquetemia. Após o período de patência da infecção, dezoito DPE, detectou-se uma linfocitose. O presente trabalho confirmou a viabilidade da transmissão de B. anserina em G. gallus experimentalmente infestados por A. miniatus. G. gallus infectados apresentaram alterações clínicas que cursaram paralelamente ao período de espiroquetemia, evoluindo para auto-cura, além de alterações hematológicas compatíveis com infecção bacteriana.