Influência do sistema agrícola nos teores de compostos fenólicos das plantas medicinais: guaco (Mikania spp) e pitanga (Eugenia uniflora)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bastos, Joana Duboc lattes
Orientador(a): Rumjanek, Norma Gouvêa
Banca de defesa: Rumjanek, Norma Gouvêa, Almeida, Fernanda Savicki de, Rouws, Janaína Ribeiro Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10391
Resumo: O uso da natureza para fins terapêuticos é tão antigo quanto a humanidade, tendo como principal elemento as plantas medicinais. Os agentes terapêuticos que essas plantas fornecem, têm objetivo de prevenir, curar e atenuar os sintomas de doenças com baixo custo quando comparados aos medicamentos obtidos por meio de reações químicas. Os agentes terapêuticos são oriundos do metabolismo secundário das espécies vegetais, o que nem sempre está correlacionado com as condições ideais ao pleno desenvolvimento e produtividade da cultura. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo associar os conhecimentos, no âmbito do sistema de manejo da paisagem agrícola, com os fatores que influenciam na síntese fenólicos totais, para avançar no desenho de agroecossistemas capazes de produzir matéria prima com altos níveis do agente terapêutico. Esta pesquisa foi conduzida de forma participativa com agricultores de Seropédica/ RJ. Foram selecionadas 23 unidades de produção que continham guaco (Mikania spp) e/ou pitanga (Eugenia uniflora) sob diferentes condições de manejo, totalizando 11 e 12 amostras (unidades de produção) destas espécies, respectivamente. Foram aplicadas entrevistas semiestruturadas e realizada metodologia denominada observação participante com a descrição do entorno e o levantamento do conhecimento sobre o cultivo de plantas medicinais, bem como suas estratégias de manejo. Esses parâmetros possibilitaram a definição dos índices de intensidade de manejo e de distúrbio ambiental. Foram realizadas, em cada unidade de produção, quatro coletas de folhas para a quantificação dos fenólicos totais (FT), sendo que as coletas se referiam às 4 estações do ano outono, inverno, primavera e verão e duas coletas de solo para a análise de fertilidade, uma no inverno e outra no verão. Os dados qualitativos e quantitativos foram processados através de Modelos Lineares Generalizados (GLM) para identificar os fatores que influenciam significativamente no teor compostos fenólicos. Para o guaco a variável que apresentou relação negativa ao teor de fenólicos totais foi a variável tempo de cultivo. Para a pitangueira as variáveis que apresentaram relação positiva aos teores de fenólicos totais foram a diversificação e o teor de carbono no solo, e as variáveis cuja relação com os fenólicos totais atuaram de forma negativa, cálcio, magnésio e potássio. Pode-se concluir que alguns fatores atuaram de forma distinta por espécie. Para tal, é fundamental compreender o comportamento dos fenólicos totais ao longo do ano para identificar a melhor maneira de conduzir os sistemas produtivos, assim como realizar testes cumarínicos para o caso do guaco e estudos mais aprofundados no que diz respeito a composição do adubo, tempo e mecanismo de disponibilização de nutrientes no solo.