Pesquisa-formação em educação ambiental on-line: experiências e saberes em rede

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Faria, Jeniffer de Souza lattes
Orientador(a): Guimarães, Mauro lattes
Banca de defesa: Guimarães, Mauro, Santos, Edmea Oliveira dos, Pinto, Benjamin Carvalho Teixeira, Rodrigues, Angélica Cosenza, Santos, Rita Silvana Santana dos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9929
Resumo: A estrutura social moderna tem como característica dominante o modelo capitalista, o qual tem conduzido práticas educativas para adaptar e/ou manter o sujeito preso a uma racionalidade instrumental que dicotomiza o ser humano, se apropria da natureza como mercadoria e banaliza a vida. Para superar esses aspectos, uma educação dialógica, que considera a complexidade, integralidade e simultaneidade da condição humana é um dos caminhos para instituir novos padrões civilizacionais e societários. Nesse contexto, olhar para o processo histórico de afastamento do ser humano de sua essência natural, dos aspectos relacionados à ancestralidade, relações coletivas, principalmente frente à proliferação das tecnologias, especialmente por meio das redes sociais que também têm contribuído significativamente para o descompromisso com nossa própria interioridade, requer, daqueles que pensam e fazem a educação ambiental, procedimentos pedagógicos numa perspectiva mais radical de formação com a finalidade de transformar e ser transformado. Por isso, neste trabalho, emergimos reflexões a partir de uma experiência de formação que articulou momentos virtuais e imersão vivencial (presencial) para educadores ambientais, com base na abordagem teórico-metodológica denominada “ComVivência Pedagógica”. A partir dela, podemos investigar as implicações dos dispositivos digitais sob a ótica dos coautores da pesquisa para desenhar outras possibilidades de formação. Os estudos teóricos sobre educação on-line revelam que nessa modalidade, a partir da Web 2.0, processos educativos podem ocorrer sob uma perspectiva dialógica, reflexiva, crítica, emancipatória, colaborativa e solidária. Portanto, de acordo com essa premissa, é possível formar educadores como sujeitos sócio-históricos, leitores de si e de suas circunstâncias desde que as propostas pedagógicas de formação on-line estejam pautadas em outra racionalidade. Como inspiração metodológica recorreu-se à pesquisa-formação, a qual tem como pretensão, cada vez mais, valorizar os saberes da experiência destacados na teoria contemporânea sobre a formação de educadores. A fase de socialização e produção dos saberes aconteceu mediante a um espaço aberto para comunicação, por meio da internet, fortalecendo nossa identidade enquanto grupo, articulando teorias educacionais a nossas práticas, constituindo um campo de pesquisa vivo atento às diversidades, aos discursos e às linguagens (formas de expressão). A interpretação da experiência delineou noções subsunçoras, as quais comunicamos como unidades significativas de aprendizagem dos sujeitos aprendentes e que contribuem para o desenvolvimento da abordagem teórico-metodológica da ComVivência Pedagógica. Em suma, evidenciamos as possibilidades que a virtualização dispõe para a formação na perspectiva dessa proposta, no que se refere à parte teórica, aproximação de pessoas, diálogos, cocriar saberes, produção e difusão do conhecimento, acesso a diferentes ferramentas digitais, sistematização de informações, dentre outras, mas sempre atreladas à imersão vivencial. É exatamente esse momento que dará sentido a experiência formativa, a fim de desenvolver a potência do educador ambiental como um Ser que dinamiza movimentos contra hegemônicos.