Juventudes e escola pública: uma análise do papel da escola a partir da perspectiva dos/as jovens negros/as de Angra dos Reis
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
|
Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13188 |
Resumo: | O conceito de juventude é compreendido por diferentes legislações brasileiras, por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto da Juventude, a partir de uma perspectiva que define a faixa etária como determinante do que é ser jovem. Essas legislações cumprem um importante papel, à medida que definem o/a jovem como sujeito de direito. No entanto, há muitas maneiras de ser jovem e experimentar essa faixa etária. Ser jovem envolve uma complexidade de variáveis e determinações, de modo que nos parece muito mais apropriado o conceito de juventudes. Neste sentido, compreendemos que as condições de raça, gênero e classe são determinantes para a compreensão das juventudes presentes na escola pública. Condições essas que não devem se sobrepor ou ser hierarquizadas, mas percebidas como necessárias para a compreensão da totalidade do sujeito e da sociedade. Os/as negro/as, desde o desenvolvimento das políticas educacionais na História da educação brasileira, vem lutando pelo direto à educação, das lutas individuaistravadas nas fazendas no período da escravidão, às organizações nos Quilombos, ao Movimento Negro, resultando em políticas de ações afirmativas nos tempos atuais. No entanto, o complexo cotidiano da escola pública revela que os/as jovens negros/as são os que maissofrem, devido ao racismo e à situação de classe: de um lado, muitos jovens vivendo/sobrevivendo a sua juventude de diferentes maneiras e necessidades e, de outro, o sistema educacional, representando os governos em sua maioria alinhados ao projeto do capitalismo, desejando formar para atender o mercado e a permanência do sistema. Confirmando, assim, a não neutralidade da escola, apesar do discurso falacioso do Movimento Escola Sem partido afirmar que a escola não deve tomar partido. O objetivo da pesquisa é justamente,a partir da perspectiva dos/as jovens negros/as, analisar o papel da escola pública em tempos de capitalismo neoliberal e buscar compreender o que é ser jovem negro/a e pobre em Angra dos Reis - RJ. Consideramos mais adequada a abordagem qualitativa, assim como a utilização da técnica de observação participante e a entrevista, como importantes meiosde buscar o diálogo e a escuta sensível dos/as jovens convidados a participar da pesquisa. A pesquisa revela jovens vivendo e percebendo esse momento de suas vidas, assim como analisando o papel da escola pública e a cidade de Angra dos Reis de forma bastante diferenciada. Confirmando, assim, o dever da escola enquanto espaço de formação para a transformação do status quo. |