Juvenilização na EJA : Reflexões sobre juventude(s) e escola no Município de Angra dos Reis
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10203 |
Resumo: | O presente trabalho traz uma discussão referente a problemática da presença de jovens (cada vez mais jovens) nas turmas da Educação de Jovens e Adultos de Ensino Fundamental. Procuramos refletir sobre as relações entre juventude(s) e escola no cenário educacional brasileiro, problematizando a posição da juventude neste sistema escolar, que tem sido fortemente marcado por desigualdades e processos de exclusão, em especial com os jovens das camadas populares. Como problema de pesquisa apresentamos o seguinte questionamento: Como vem se desenhando, na Rede Municipal de Ensino de Angra dos Reis, o processo que tem sido chamado de juvenilização na EJA e quais seus desdobramentos? O processo de investigação e análise desenvolveu-se em Angra dos Reis, Município localizado na região Sul do Estado do Rio de Janeiro, a partir do caso da Escola Coronel João Pedro de Almeida, Unidade Escolar que pertence a Rede Pública de Ensino de Angra. No Município, o cenário atual da EJA (da Rede Municipal) vem apontando, em relação ao corpo discente, para um perfil com predominância do público jovem - faixa etária entre 15 e 29 anos processo que tem sido debatido e citado por muitos autores da área da Educação de Jovens e Adultos como juvenilização do público discente. Este processo não acontece de maneira isolada na Rede Pública de Angra, há semelhanças com outras redes de ensino do país. Partimos deste campo empírico e avançamos nas discussões sobre o processo de escolarização de jovens pobres no sistema educacional brasileiro. Os estudos teóricos desenvolvem-se sob o referencial de: Bourdieu, Mannhein, Spósito, Algebaile, Peregrino, Carrano, Rummert, entre outros, que discutem e problematizam o conceito de juventude, as culturas juvenis, os processos de escolarização das classes populares, a Educação de Jovens e Adultos, além de questões relacionadas à juventude e a escola. Os resultados encontrados apontam que a Educação de Jovens e Adultos (principalmente o segundo segmento do Ensino Fundamental), da Escola pesquisada, vem sendo composta ao longo dos últimos dez anos por jovens estudantes (sendo maioria os de 15 a 17 anos) com passagens acidentadas (retenção e evasão) no ensino regular. Encontramos na formação discente da EJA desta Unidade Escolar, um crescimento quantitativo de matrículas de alunos na faixa etária da juventude, indicando uma série de fatores relacionados ao processo de escolarização das classes populares. |