Gênero e sexualidade na escola: normat(I)zações nos discursos de jovens sobre identidade de gênero e orientação sexual
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19800 |
Resumo: | Esta dissertação objetiva entender como articulação discursiva da escola, influencia as subjetividades e a produção discursiva entre jovens a respeito dos constructos de gênero e sexualidades. A partir de uma perspectiva pós-estruturalista, a metodologia sustentou-se na conversa como eixo de acesso a essas falas e constitui material empírico para realização da análise crítica do discurso, a partir das contribuições de Michel Foucault e Norman Fairclough. Dialogamos com a concepção de que a juventude é produzida conforme as condições materiais, históricas e culturais na qual esteja inserida. (PAIS,1990, ABRAMO, 2019). Analisamos teses e dissertações produzidas por instituições de Educação que trataram do tema entre 2009 e 2019que apontaram para uma crítica a uma lógica conservadora, presente nas escolas, que reforçaa percepção da binaridade de gênero e da heterossexualidade como única possibilidade de relacionamento afetivo e sexual. Por outro lado, indica como estudantes rompem com essa lógica, transgredindo em alguns comportamentos. Dessa maneira, os estudos percebem a necessidade de maior apoio das direções escolares, formação e ações pedagógicas que se voltem para esse tema. Pensando nisso, esta pesquisa se propôs a ouvir estudantes e ratificou os achados das pesquisas anteriores: A maioria daqueles que não se identificaram como heterossexuais e que participaram da pesquisa, demonstraram grande interesse em falar sobre gênero e sexualidades, considerando pauta importante, pois trata-se de uma questão sobre vivencias e experiências que, muitas vezes, são cerceadas. O grupo de jovens também relatou nunca ter participado de qualquer ação pedagógica direcionada para tratar do assunto. Alguns jovens, que se identificaram como heterossexuais, reforçaram em seus discursos os estereótipos de gênero e sexualidades, ou seja, a percepção de que identidades heterossexuais eram as únicas “normais” e de que asnão heterossexuais se restrinjam à homossexualidade, assumindo, algumas vezes, posturas de tolerância em relação à essa orientação, além de um não reconhecimento da bissexualidade e da não binaridade de gênero. As conversas mostraram como a violência homofóbica se materializa no cotidiano escolar, algumas vezes, sustentadas por crenças culturais pautadas em práticas e políticas implementadas por grupos criminosos dentro de comunidades, outras, pautadas em discursos fundamentalistas religiosos. As sustentações teóricas sobre gênero e sexualidades foram produzidas, a partir das contribuições de Judith Butler (2014), Dagmar Meyer e Marlucy Alves Paraíso (2012/2014), Michael Foucault 1970, 1971, 1984, 2019), Guacira Lopes Louro( 2001, 2009) e Richard Miskolci (2012, 2018) |