Boniteza e formação: estéticas e imagens das juventudes normalistas na Baixada Fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cardoso, Marcelia Amorim lattes
Orientador(a): Berino, Aristóteles de Paula lattes
Banca de defesa: Berino, Aristóteles de Paula lattes, Santos, Edméa Oliveira dos lattes, Carvalho, Carlos Roberto de lattes, Seixas, Luciana Velloso da Silva lattes, Costa, Ana Valéria de Figueiredo da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13212
Resumo: Esta tese é o resultado da pesquisa de doutoramento em educação e tem como foco as juventudes normalistas, suas falas, modos de ser, de se verem e de verem o mundo, os sentidos que conferem ao processo de formação e suas fabulações da produção de autoimagens. Como expressão das juventudes e do pensamento contemporâneo, as imagens produzidas através dos telefones celulares e replicadas nas redes sociais marcam um novo tempo de comunicabilidade e presentificação social. As/os jovens são sujeitos sociais marcados por uma historicidade constituída mutuamente entre protagonistas e os contextos sociais em que nascem, crescem, convivem e se relacionam e quando ouvidas/os apresentam processos reflexivos de sua existência apropriando-se de forma autoral da sua história. O caráter multifacetado, ambíguo e polissêmico do conceito juventude cria tensões históricas e sociais nos modos de ver e entender o sujeito jovem. Nesse sentido, o uso flexionado do termo possibilita o entendimento da pluralidade que as juventudes promovem. A Escola Normal, historicamente espaço de escolarização feminina, mergulha em sua extinção pelas exigências atuais pela formação docente em nível superior, prevista pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LEI 9394/96), estando com seus dias contados, por todo Brasil ainda resistem Escolas de Curso Normal em 17 estados. Busco compreender através dos pronunciamentos estéticos e imagéticos as formas praticantes dos cotidianos escolares nas percepções do devir-professora no processo de formação para o magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental de jovens de origem popular e moradoras da periferia. As inserções investigativas são amparadas pelos Estudos Culturais, pela Multirreferencialidade e pela Pedagogia Crítica que valorizam as narrativas e os cotidianos como elementos importantes para a compreensão social através dos sentidos que os praticantes dão, estimulando a bricolagem no diálogo entre vários referenciais teóricos, assim como também métodos, instrumentos de pesquisas críticos e que valorizem a fala, a escuta e o diálogo. Como elemento que dialoga com as performances estéticas e analíticas, a metodologia proposta é o uso combinado de Photovoice e Fotoelucidação, técnicas de produção de imagens e análises realizadas pelos próprios participantes da pesquisa, nesse caso, as normalistas de uma escola de normal da Baixada Fluminense. A tese revela que, enquanto não se encerra esta modalidade de ensino, o Curso Normal ainda é uma opção de profissionalização das juventudes das classes populares. Constata a dimensão formativa dos estágios em suas diversas configurações. Revela que os processos formativos críticos são fomentados pelas manifestações de resistências e instalações de “microrrevoluções”, trazendo outros sentidos de emancipação. E destaca a boniteza freiriana nas fabulações imagéticas no devir-normalista