O corpo que vende notícias: imaginários e padrões estéticos sobre os telejornalistas brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Rodrigues, Karen Barboza Santarem
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35996
Resumo: Este trabalho tem como objetivo verificar os padrões estéticos e o imaginário dos telejornalistas dos jornais nacionais das principais emissoras de TV linear do país, a partir de um levantamento realizado com inspiração cartográfica. Ao todo, foram selecionados 418 telejornalistas de 45 telejornais nacionais de 12 emissoras, sendo 7 da televisão aberta e 5 paga por assinatura, para análise do padrão estético, que buscou observar raça, cargo, cabelo, tipo físico, idade e sexo. Pretendeu-se analisar a importância da diversidade e da representatividade de corpos nos programas telejornalísticos, principalmente nas bancadas dos telejornais. Apesar de todas as mudanças no telejornalismo (a partir das transformações tecnológicas e imagéticas), com o aumento da diversidade e da representatividade na apresentação e reportagem na última década, nossa hipótese é que os padrões estéticos e a aparência física dos telejornalistas ainda são marcadas por características eurocêntricas, ou seja, um corpo magro, branco, de cabelo liso e jovem, além de uma ausência de diferentes tipos físicos, raças, gêneros na apresentação dos telejornais. Iniciamos a pesquisa pela contextualização histórica do telejornalista no século XXI, do telejornalismo e da televisão no cotidiano brasileiro (Certeau, 2004), e do fenômeno da midiatização e o seu impacto no telejornalismo (Sodré, 2014). Abordamos a questão dos âncoras, apresentadores, comentaristas e repórteres e as principais tensões na problemática dos “modelos de corpos ideais”. Também discorremos sobre o “corpo que vende notícias”, a partir dos manuais de estilo do telejornalismo. Apresentamos os resultados através do levantamento realizado dos telejornalistas a partir das características: raça, cargo, cabelo, tipo físico, idade e sexo. Debatemossobre a imagem e o imaginário dos telejornalistas brasileiros, baseando-se nas definições dos principais pensadores do tema, que corroboram com a linha de pesquisa desta dissertação, como Gilbert Durand (1994; 2002), Michel Maffesoli (2001) e Gilbert Simondon (2020). Reflete-se teoricamente sobre os corpos midiatizados (Siqueira, 2015) e hiperespetacularizados (Lipovetsky e Serroy, 2015) dos telejornalistas e o imaginário coletivo desses profissionais que, devido às transformações tecnológicas e midiáticas da última década, são vistos também como influenciadores digitais, celebridades e até “ídolos”.