A apropriação da categoria “povos tradicionais” para a autoafirmação de uma identidade coletiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Braga, Pedro Gross Saturnino lattes
Orientador(a): Ferreira, Andrey Cordeiro lattes
Banca de defesa: Ferreira, Andrey Cordeiro, Andriolli, Carmen Silvia, Lerrer, Debora Franco, Gerhardt, Cleyton Henrique
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11610
Resumo: A dissertação reflete sobre a mudança de significado na categoria de povos e comunidades tradicionais. Este foi um conceito criado pelo poder público e pela academia para englobar diversas comunidades que, apesar de serem diferentes umas da outras, tinham características consideradas semelhantes. Essa categoria teve seu significado alterado, se tornando um elemento de identidade coletiva, em que as comunidades assumem essa nomenclatura e passam a se autodenominar povos tradicionais. Essas comunidades, que eram agrupadas numa mesma categoria por vontades externas a elas, passam a traçar alianças entre si e começam a se unir por vontade própria, principalmente por conta dos conflitos semelhantes que tinham com a sociedade capitalista. Para analisar essa questão, a pesquisa se foca na Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, órgão estatal que reunia os diferentes segmentos dos povos tradicionais e teve um papel fundamental na união desses diferentes povos. Foi importante como força política para eles, e também na autoidentificação das comunidades como povos tradicionais. É vista, ainda, a relação desses povos com o Estado, e as maneiras que as comunidades tradicionais se utilizam de elementos da ontologia capitalista para a defesa de seus interesses.