Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Edivaldo Ferreira |
Orientador(a): |
Fávero, Claudenir |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFVJM
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://acervo.ufvjm.edu.br/items/bac6bcf3-a419-49de-a0ee-37040a1f542d
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Resumo: |
A presente pesquisa foi realizada com o objetivo de investigar os processos de ocupação e o domínio fundiário na comunidade tradicional Cabeceira do Piabanha, localizada em Salto da Divisa, no Baixo Vale do Jequitinhonha. Buscou identificar os fatores que vêm desencadeando diversos conflitos e as formas de organização e estratégias de resistências que a comunidade tem empreendido para defender o seu território frente às pressões sofridas historicamente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, ancorada na abordagem metodológica da pesquisa participante e da observação participante. Utilizamos ainda a pesquisa bibliográfica e outras técnicas, como estudo de documentos relacionados a comunidade e entrevistas com moradores. A história da comunidade tradicional em pauta se insere, de maneira contundente, nas formas que o capital utiliza para se expandir no campo. Na maioria dos casos, o capital, apoiado pelo Estado, se vale de meios lícitos e ilícitos para garantir sua reprodução ampliada. Desde o ano de 1952, data em que ocorreu a ocupação do território pelos pioneiros, até a atualidade, a comunidade tem sido vítima de processos de exploração e expropriação, em sua maioria, praticadas por fazendeiros. Mais do que ser conivente com essa situação, o Estado brasileiro tem impulsionado alguns desses processos de forma direta ou indireta. Na pesquisa empreendida, observamos que, diante dos diversos processos de exploração e expropriação sofridos, a comunidade tem efetivado estratégias de lutas e de resistência que, até o momento, têm garantido sua permanência no território. Concluímos que o território tradicional Cabeceira do Piabanha pode ser descrito como um produto das diversas territorialidades ali imbricadas historicamente, considerando o fator espaço-tempo. O conjunto de territorialidades da comunidade, para além de possibilitar a constituição da identidade coletiva do grupo, apresenta-se como estratégias de resistência frente aos seus antagonistas. |