Guardiãs das folhas: mobilização identitária de raizeiras do cerrado e a autorregulação do ofício

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: D'Almeida, Sabrina Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-03052019-125459/
Resumo: O presente trabalho propõe uma reflexão acerca da recente mobilização de raizeiras do cerrado em torno do que denominam como a identidade da raizeira. Organizadas em torno da Articulação Pacari, estas raizeiras vêm se mobilizando, desde 1998, com o objetivo de reivindicar o direito de praticar a medicina tradicional. Contudo, sua atuação extrapolou o campo da saúde propriamente dito ao adentrar em arenas de debates e demandas nas quais são discutidas questões como território, identidade, cultura, etnia, entre outros temas caros aos povos e comunidades tradicionais brasileiros. Isso se justifica porque estas raizeiras, desde 2006, são reconhecidas enquanto um dos gruposmembro da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT). Ao articular duas pautas de importância global a saúde e o meio ambiente estas raizeiras produzem para si um novo espaço de atuação, ressignificam práticas e saberes e vão, aos poucos, tecendo sua narrativa identitária em torno da qual passam a organizar suas reivindicações por direitos.